Campanha de atores pede taxa de 12% para regular o streaming

Apelo nas redes sociais pressiona governo a criar política para proteger e financiar o audiovisual brasileiro com contribuição das plataformas

Mai 9, 2025 - 20:22
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Campanha de atores pede taxa de 12% para regular o streaming

Campanha mobiliza artistas pela regulamentação do streaming

Dezenas de artistas, incluindo Fernanda Montenegro, Malu Mader, Mateus Solano, Paulo Betti e Julio Andrade, se mobilizaram nesta sexta (9/5) em uma campanha nas redes sociais para pedir a regulamentação das plataformas de streaming no Brasil.

Em um vídeo divulgado pelos artistas e produzido por associações e sindicatos do setor audiovisual, a campanha defende a criação de uma taxa de 12% sobre os serviços de vídeo sob demanda. A cobrança seria destinada ao Condecine, tributo que financia exclusivamente o audiovisual nacional independente.

O texto da campanha alerta para o que chamou de “apetite colonial das empresas estrangeiras” e pressiona o governo a adotar medidas para estimular a produção brasileira.

O que diz Fernanda Montenegro?

Fernanda Montenegro compartilhou a campanha em seu perfil, com um texto próprio defendendo a política audiovisual. “É fundamental a construção de uma política industrial cinematográfica nossa, com autonomia. Brasileira”, escreveu.

Na sequência, o texto destaca: “Temos que nos proteger. Existimos culturalmente, artisticamente. Nossa cultura tem uma assinatura própria. Nossa presença audiovisual e cinematográfica atravessa nossas fronteiras com sucesso, com premiações. Com reconhecimento. Temos que administrar nossa vida. É preciso fazer aqui o que outras grandes nações já realizaram como forma de estimular sua indústria: a regulação do streaming”.

Qual é a proposta da campanha?

A campanha critica o baixo investimento das plataformas estrangeiras em produções brasileiras e defende que a taxa de 12% seja revertida para o financiamento indireto de obras nacionais, movimentando toda a cadeia produtiva do setor.

Segundo os organizadores, o modelo já é adotado por países que buscam proteger e fortalecer suas próprias indústrias audiovisuais.