Caminho Trump: ações avançam no STF e aliados de Bolsonaro admitem que saída viável é torcer por candidato de direita em 2026

Apoiadores do ex-presidente apostam num perdão de um eventual presidente de direita, que concederia anistia a Bolsonaro e ex-assessores. Diante das dificuldades de aprovar uma anistia no Congresso e do avanço no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação penal contra a tentativa de golpe no país, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro admitem que a saída mais viável para beneficiar o ex-presidente é torcer por um caminho a la Donald Trump. Ou seja, um candidato de direita, ganhando a eleição presidencial em 2026, concederia perdão a Bolsonaro e todos os ex-assessores que forem condenados pelo STF. Julgamento da denúncia contra núcleo 4 da tentativa de golpe começa no STF A Primeira Turma do STF começa a analisar nesta terça-feira (6) o grupo 4, da disseminação de notícia falsa, que buscou também pressionar a cúpula das Forças Armadas a aderir à tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. A expectativa é que mais sete denunciados sejam transformados em réus no tribunal. Líderes aliados de Bolsonaro ainda trabalham para aprovar a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e travar a ação penal no Supremo, mas reservadamente admitem que não devem conseguir atingir seus objetivos. No caso da anistia, os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, já deram sinalizações claras de que não vão pautar a votação do projeto que, se aprovado, beneficiaria também o ex-presidente, que ainda está sendo julgado pelo STF. Em relação ao projeto que trava a ação penal do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), há uma esperança de que ele seja aprovado, mas não da forma como está proposto, impedindo o andamento do processo no Supremo não só do parlamentar, mas de todos os envolvidos na tentativa de golpe. A própria oposição já foi avisada de que a Câmara só tem poder para tratar de temas relacionados a Ramagem após a sua diplomação. A maior parte dos crimes imputados ao deputado é do período em que ele presidia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Mai 6, 2025 - 15:31
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Caminho Trump: ações avançam no STF e aliados de Bolsonaro admitem que saída viável é torcer por candidato de direita em 2026
Apoiadores do ex-presidente apostam num perdão de um eventual presidente de direita, que concederia anistia a Bolsonaro e ex-assessores. Diante das dificuldades de aprovar uma anistia no Congresso e do avanço no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação penal contra a tentativa de golpe no país, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro admitem que a saída mais viável para beneficiar o ex-presidente é torcer por um caminho a la Donald Trump. Ou seja, um candidato de direita, ganhando a eleição presidencial em 2026, concederia perdão a Bolsonaro e todos os ex-assessores que forem condenados pelo STF. Julgamento da denúncia contra núcleo 4 da tentativa de golpe começa no STF A Primeira Turma do STF começa a analisar nesta terça-feira (6) o grupo 4, da disseminação de notícia falsa, que buscou também pressionar a cúpula das Forças Armadas a aderir à tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. A expectativa é que mais sete denunciados sejam transformados em réus no tribunal. Líderes aliados de Bolsonaro ainda trabalham para aprovar a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e travar a ação penal no Supremo, mas reservadamente admitem que não devem conseguir atingir seus objetivos. No caso da anistia, os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, já deram sinalizações claras de que não vão pautar a votação do projeto que, se aprovado, beneficiaria também o ex-presidente, que ainda está sendo julgado pelo STF. Em relação ao projeto que trava a ação penal do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), há uma esperança de que ele seja aprovado, mas não da forma como está proposto, impedindo o andamento do processo no Supremo não só do parlamentar, mas de todos os envolvidos na tentativa de golpe. A própria oposição já foi avisada de que a Câmara só tem poder para tratar de temas relacionados a Ramagem após a sua diplomação. A maior parte dos crimes imputados ao deputado é do período em que ele presidia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).