Brasil amplia importação de gás natural da Argentina em meio à estratégia de diversificação energética
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta terça-feira, 23, o início de mais uma operação de importação de gás natural para o Brasil. A Gas Bridge Comercializadora (GBC), afiliada da empresa argentina Pluspetrol, começou a trazer ao país volumes provenientes da formação de Vaca Muerta, considerada uma das maiores reservas não convencionais de […] O post Brasil amplia importação de gás natural da Argentina em meio à estratégia de diversificação energética apareceu primeiro em O Cafezinho.

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta terça-feira, 23, o início de mais uma operação de importação de gás natural para o Brasil.
A Gas Bridge Comercializadora (GBC), afiliada da empresa argentina Pluspetrol, começou a trazer ao país volumes provenientes da formação de Vaca Muerta, considerada uma das maiores reservas não convencionais de gás do mundo.
Essa é a quarta operação de importação de gás natural sul-americano registrada em 2025, dentro das ações do programa Gás para Empregar, iniciativa do governo federal voltada à ampliação da oferta e ao fortalecimento da segurança energética nacional.
O gás importado chega ao Brasil utilizando rotas que passam pela Bolívia, caminho semelhante ao adotado pelas empresas Edge Energy, Matrix Energia e MGas, que também realizaram importações este ano.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o papel do programa na política energética brasileira e ressaltou a relevância das importações para garantir o abastecimento no país.
“O Gás para Empregar é a espinha dorsal da nossa política para garantir gás natural competitivo ao povo brasileiro e à nossa indústria. Com o apoio técnico e institucional do MME, estamos diversificando a oferta, estruturando rotas de suprimento, reduzindo custos e ampliando a segurança energética nacional”, afirmou.
A iniciativa de importar gás natural da Argentina faz parte de uma estratégia do governo para diversificar fornecedores, aumentar a competitividade e reduzir a dependência de fontes únicas de suprimento.
O objetivo é criar um ambiente favorável para a expansão do consumo de gás no Brasil, com foco em setores industriais, geração de energia e transporte.
O programa Gás para Empregar tem sido apresentado pelo governo como uma das ferramentas para impulsionar a reindustrialização no país.
A ampliação das rotas de importação e o aumento da oferta de gás natural são apontados como fatores que contribuem para atrair investimentos e fomentar a criação de empregos no setor produtivo.
“O nosso objetivo é garantir gás para todos os brasileiros — com previsibilidade, segurança jurídica e preço justo. Esse movimento de integração regional mostra que estamos no caminho certo para transformar o gás natural em vetor de desenvolvimento econômico e social”, disse Silveira.
As operações envolvendo gás de Vaca Muerta reforçam a integração energética entre Brasil e Argentina, que nos últimos anos intensificaram as tratativas para ampliar o comércio de energia e combustíveis.
A formação de Vaca Muerta, localizada na Bacia de Neuquén, é reconhecida como uma das maiores áreas de exploração de gás e petróleo não convencionais do mundo, sendo vista como uma fonte relevante para o abastecimento regional.
Além da rota via Bolívia, autoridades brasileiras e argentinas mantêm discussões sobre alternativas logísticas para ampliar a capacidade de escoamento entre os dois países.
A expectativa é que, com o avanço dessas operações, o mercado brasileiro tenha maior acesso a volumes competitivos de gás, favorecendo a previsibilidade de preços e a segurança no fornecimento.
O governo federal tem sinalizado que novas operações de importação devem ser anunciadas ao longo do ano, dentro do escopo das ações previstas pelo programa Gás para Empregar.
O plano inclui o incentivo à entrada de novos agentes no mercado e o fortalecimento de acordos bilaterais que permitam a expansão das opções de suprimento.
O Ministério de Minas e Energia considera que o fortalecimento da matriz energética nacional passa pelo aumento da participação do gás natural como fonte complementar, especialmente no contexto de transição energética.
A pasta avalia que a ampliação das rotas de suprimento e a integração com países vizinhos podem garantir maior estabilidade no abastecimento e reduzir riscos associados a interrupções ou flutuações de oferta.
O programa Gás para Empregar foi lançado como parte de um pacote de medidas para estimular o crescimento industrial e ampliar a competitividade econômica.
A política prevê ações para facilitar o acesso ao gás natural, melhorar a infraestrutura de transporte e distribuição e assegurar condições regulatórias favoráveis para o desenvolvimento do setor.
As autoridades brasileiras também defendem que a ampliação das importações de gás contribui para a modernização da indústria nacional, ao oferecer uma fonte de energia compatível com processos produtivos de diferentes segmentos.
O governo aposta que o gás natural poderá exercer papel relevante na transição para uma economia de baixo carbono, funcionando como alternativa de menor impacto ambiental em relação a outras fontes fósseis.
A continuidade das operações de importação e o avanço das negociações para novas rotas logísticas permanecem como pontos centrais na agenda do Ministério de Minas e Energia para 2025.
A expectativa do governo é consolidar o gás natural como componente estratégico da política energética, ampliando as opções de suprimento e fortalecendo a integração com os países da América do Sul.
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