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Beber champanhe reduz risco de morte súbita, diz estudo
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Beber champanhe e vinho branco pode reduzir o risco de morte súbita cardíaca, de acordo com um novo estudo. Aliás, a pesquisa publicada na última terça-feira (28) desafia a teoria vigente de que somente o vinho tinto é benéfico para a saúde cardiovascular.
Os cientistas da Universidade de Fudan, na China, analisaram dados de mais de 500 mil pessoas do Biobanco do Reino Unido. O estudo identificou 56 fatores de risco para morte súbita. Alguns desses fatores incluem estilo de vida, status socioeconômico e questões ambientais, como exposição à poluição.
Entre os fatores de estilo de vida, os cientistas descobriram que o alto consumo de champanhe e/ou vinho branco, bem como alto consumo de frutas, evitam ataques cardíacos.
Conforme o estudo, beber champanhe, comer mais fruta, ser magro e ter uma visão positiva da vida podem prevenir até 63% dos casos de morte súbita.
Dos 502 mil participantes do estudo, 3.147 sofreram morte súbita cardíaca (MSC) no período médio de acompanhamento de 13,8 anos.
Vale ressaltar que a morte súbita cardíaca, diferentemente do ataque cardíaco, ocorre quando o coração para de bater repentinamente, demandando processos de ressuscitação imediata. No Reino Unido, foco do estudo, cerca de 30 mil pessoas sofrem ataques cardíacos.
Mas uma das descobertas mais curiosas do estudo é que beber champanhe e vinho branco em excesso poderiam reduzir o risco de morte súbita cardíaca (MSC) em 30%.
Mas será que exagerar no champanhe reduz o risco de morte súbita cardíaca?
“A pesquisa encontrou associações significativas entre vários fatores mutáveis e a morte súbita. Mudanças no estilo de vida são as que mais surtem efeitos na prevenção de casos”, disse Huihuan Luo, principal autor do estudo.
Renjie Chen, coautor do estudo, ressalta que este é o primeiro estudo a investigar compreensivamente associações entre fatores de riscos e a morte súbita.
Os pesquisadores se surpreenderam com a grande proporção de casos de morte cardíaca súbita que “poderiam ser evitadas ao melhorar perfis desfavoráveis”.
Por outro lado, em uma nota editorial, Nicholas Grubic, da Universidade de Toronto, afirmou que o estudo não revela os mecanismos que associam beber champanhe e o risco de morte súbita.
“Mesmo assim, o estudo reforça a ideia que os benefícios do consumo moderado de alcool podem ser bem mais complexos”, disse o cientista.
Contudo, para Grubic, o estudo encontrou uma ligação em vez de uma causalidade, mas não considerou os possíveis riscos causados pelo álcool. Além disso, afirmar que champanhe e vinho branco podem trazer benefícios à saúde contrasta com o consenso vigente.
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