Após morte de jovem em abordagem em Alagoas, PM afasta policiais e Polícia Civil cria comissão de inquérito
Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, foi morto durante ação da PM; quatro policiais foram retirados das ruas e investigação é conduzida por comissão da Polícia Civil. Corpo de Gabriel Lincoln é enterrado em Palmeira dos Índios Quatro policiais militares foram afastados das ruas após a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida na noite do último sábado (3), em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. A informação foi confirmada ao g1 nesta quarta-feira (7) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AL). De acordo com a SSP, o afastamento dos militares segue um protocolo padrão adotado pela Polícia Militar em ocorrências que resultam em morte. Nesse período, os policiais deixam o serviço operacional e passam a atuar em funções administrativas, enquanto o caso é investigado. A Polícia Militar abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ação. Paralelamente, a Polícia Civil também instaurou um inquérito e informou ao g1 que será formada uma comissão de três delegados para conduzir as investigações. Os delegados Sidney Tenório e Alexandre Leite, ambos diretores de Polícia Judiciária, e João Paulo, titular da Delegacia Regional de Homicídios de Palmeira dos Índios, vão acompanhar o caso. Entenda o caso Segundo a versão da Polícia Militar, Gabriel estaria pilotando uma motocicleta e desobedeceu ordens de parada durante rondas na cidade. Os policiais relataram que, ao se aproximar de um bar, o adolescente teria sacado um revólver e atirado contra a guarnição, que revidou. Um único disparo feito por um dos policiais atingiu o jovem. O adolescente chegou a ser socorrido com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um revólver calibre 38, com cinco munições intactas e uma deflagrada, teria sido apreendido com Gabriel. A versão policial, no entanto, é contestada pela família. Parentes e amigos do adolescente usaram as redes sociais para pedir justiça e questionar a conduta dos agentes. Uma tia de Gabriel, Flávia Ferreira, classificou a ação como “covarde” e disse que o sobrinho era um jovem trabalhador. “Mais uma vida foi arrancada de forma covarde por aqueles que deveriam proteger. A polícia se esconde atrás de fardas e justificativas frias. A vida de mais um jovem trabalhador não era ameaça, mas foi tratada como alvo”, afirmou a tia nas redes sociais. As investigações seguem em andamento. Os policiais permanecerão afastados até a conclusão dos inquéritos militar e civil. Gabriel Lincoln Pereira da Silva morreu durante abordagem policial Reprodução/Redes Sociais Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL


Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, foi morto durante ação da PM; quatro policiais foram retirados das ruas e investigação é conduzida por comissão da Polícia Civil. Corpo de Gabriel Lincoln é enterrado em Palmeira dos Índios Quatro policiais militares foram afastados das ruas após a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida na noite do último sábado (3), em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. A informação foi confirmada ao g1 nesta quarta-feira (7) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AL). De acordo com a SSP, o afastamento dos militares segue um protocolo padrão adotado pela Polícia Militar em ocorrências que resultam em morte. Nesse período, os policiais deixam o serviço operacional e passam a atuar em funções administrativas, enquanto o caso é investigado. A Polícia Militar abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ação. Paralelamente, a Polícia Civil também instaurou um inquérito e informou ao g1 que será formada uma comissão de três delegados para conduzir as investigações. Os delegados Sidney Tenório e Alexandre Leite, ambos diretores de Polícia Judiciária, e João Paulo, titular da Delegacia Regional de Homicídios de Palmeira dos Índios, vão acompanhar o caso. Entenda o caso Segundo a versão da Polícia Militar, Gabriel estaria pilotando uma motocicleta e desobedeceu ordens de parada durante rondas na cidade. Os policiais relataram que, ao se aproximar de um bar, o adolescente teria sacado um revólver e atirado contra a guarnição, que revidou. Um único disparo feito por um dos policiais atingiu o jovem. O adolescente chegou a ser socorrido com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um revólver calibre 38, com cinco munições intactas e uma deflagrada, teria sido apreendido com Gabriel. A versão policial, no entanto, é contestada pela família. Parentes e amigos do adolescente usaram as redes sociais para pedir justiça e questionar a conduta dos agentes. Uma tia de Gabriel, Flávia Ferreira, classificou a ação como “covarde” e disse que o sobrinho era um jovem trabalhador. “Mais uma vida foi arrancada de forma covarde por aqueles que deveriam proteger. A polícia se esconde atrás de fardas e justificativas frias. A vida de mais um jovem trabalhador não era ameaça, mas foi tratada como alvo”, afirmou a tia nas redes sociais. As investigações seguem em andamento. Os policiais permanecerão afastados até a conclusão dos inquéritos militar e civil. Gabriel Lincoln Pereira da Silva morreu durante abordagem policial Reprodução/Redes Sociais Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL