Anvisa aprova primeiro medicamento capaz de conter o avanço do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, pela primeira vez no Brasil, um medicamento que promete retardar a progressão do Alzheimer. Trata-se do Kisunla (donanemabe), desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, voltado para o tratamento dos estágios iniciais da doença. O próximo passo antes da chegada do medicamento ao país é a aprovação do preço […]

Abr 23, 2025 - 17:45
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Anvisa aprova primeiro medicamento capaz de conter o avanço do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, pela primeira vez no Brasil, um medicamento que promete retardar a progressão do Alzheimer. Trata-se do Kisunla (donanemabe), desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, voltado para o tratamento dos estágios iniciais da doença.

O próximo passo antes da chegada do medicamento ao país é a aprovação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Isso pode levar até 90 dias. Nos Estados Unidos, onde o medicamento já está aprovado, o tratamento chega 172 mil reais ao ano.

Como o medicamento atua no combate ao Alzheimer?

O donanemabe é uma imunoterapia direcionada à remoção da proteína beta-amiloide, um dos principais marcadores biológicos do Alzheimer. A substância se acumula no cérebro e está associada ao declínio cognitivo característico da doença. O medicamento ensina o sistema imunológico a identificar e remover essas placas, ajudando a conter o avanço dos sintomas.

A terapia é indicada para pacientes com comprometimento cognitivo leve (CCL) e patologia amiloide confirmada. Isso significa que o medicamento não é indicado para todas as fases da doença, mas sim para pessoas em estágios iniciais, quando os danos ao cérebro ainda são limitados e a resposta ao tratamento pode ser mais eficaz.

Anvisa aprova medicamento para estágios iniciais de Alzheimer

Resultados promissores em estudos clínicos

Em estudos clínicos de fase avançada, o donanemabe demonstrou resultados expressivos. Cerca de 75% dos participantes tratados com a medicação conseguiram eliminar com sucesso as placas de amiloide de seus cérebros. Além disso, os dados mostram: