“Acha que consigo?”: Enfermeiro revela os últimos minutos do Papa Francisco em vida

O Papa Francisco e seu fiel escudeiro (e enfermeiro) ao fundo (Foto da AP)

Na manhã de 21 de abril de 2025, o mundo se despediu de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos, após um derrame cerebral seguido de insuficiência cardíaca irreversível. Seus últimos instantes foram marcados por serenidade e um gesto de gratidão que ecoa seu legado de humildade.​

Ao lado do pontífice em seus momentos finais estava Massimiliano Strappetti, enfermeiro de 53 anos que se tornou seu “assistente médico pessoal” em 2021. Strappetti, com mais de três décadas de experiência no Vaticano, ganhou destaque ao convencer Francisco a realizar uma cirurgia de diverticulite, que o próprio Papa creditou como salvadora de sua vida.

“Obrigado por me trazer de volta à praça São Pedro”, disse o papa a Massimiliano, horas antes de morrer. Francisco agradeceu ao enfermeiro por incentivá-lo a ter um último encontro com a multidão a bordo do papamóvel no domingo de Páscoa, horas antes de sua morte.

“Acredita que eu posso fazer?”, perguntou o pontífice. Strappetti o tranquilizou, e o papa percorreu durante quase 15 minutos a praça, abençoando vários bebês no caminho.

Horas depois, nas dependências do Vaticano, Francisco, consciente até o fim, segurou a mão de Strappetti e expressou suas últimas palavras: “Obrigado por tudo”. Em seguida, fez um leve gesto de despedida, demonstrando paz e aceitação diante da morte ​

O Vaticano confirmou que o Papa não sofreu em seus momentos finais, e que sua partida foi tranquila, refletindo a vida de simplicidade e compaixão que sempre pregou.

Um sepultamento fora da tradição

Em seu testamento espiritual, datado de junho de 2022, Francisco expressou o desejo de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, ao invés das tradicionais Grutas Vaticanas. Ele solicitou uma sepultura simples, no chão, entre as Capelas Paulina e Sforza, sem ornamentações e com a inscrição “Franciscus”.

Essa escolha reflete sua profunda devoção à Virgem Maria, especialmente ao ícone “Salus Populi Romani”, e seu compromisso com a humildade. Francisco desejava ser lembrado não como um líder distante, mas como um pastor próximo ao povo.

Além disso, o Papa solicitou que seu funeral fosse simples, sem o uso de três caixões ou o báculo papal, e que os custos fossem cobertos por um benfeitor, reafirmando seu compromisso com a austeridade e a solidariedade.

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