A degeneração muscular na terceira idade não precisa ser acelerada
Recentemente, durante um voo doméstico, me deparei com um famoso ex-técnico de futebol, já aposentado das atividades futebolísticas, hoje na faixa dos 70 e poucos anos. O que mais me impressionou nesse encontro foi a dificuldade dele em andar, em fazer simples movimentos deambulatórios. Andava com dificuldade, devagar, quase como se tivesse fazendo um esforço […] O post A degeneração muscular na terceira idade não precisa ser acelerada apareceu primeiro em Valores Reais.
Recentemente, durante um voo doméstico, me deparei com um famoso ex-técnico de futebol, já aposentado das atividades futebolísticas, hoje na faixa dos 70 e poucos anos.
O que mais me impressionou nesse encontro foi a dificuldade dele em andar, em fazer simples movimentos deambulatórios. Andava com dificuldade, devagar, quase como se tivesse fazendo um esforço descomunal para empurrar o peso de seu corpo. Era o contraste e a antítese perfeita do que ele era quando em atividade profissional.
Me lembro bem, na época em que acompanhava mais de perto o futebol, há 30, 20 anos atrás, a vitalidade desse técnico, seja à beira dos gramados, seja nas entrevistas e mesas-redondas de TV. Embora a vivacidade intelectual ainda se mantenha, de certo modo, ativa, foi possível verificar a falta de condicionamento físico ao simplesmente andar.
Isso nos leva a um ponto importante, já explorado em outras oportunidades aqui no blog antes: mantenha-se ativo fisicamente. Não descuide da sua saúde cardiovascular. Controle seu peso. Controle sua alimentação. E, sobretudo, pratique exercícios físicos, de forma regular e consistente.
A importância da musculação para melhorar a qualidade de vida dos idosos foi destacada em um artigo escrito em 2019 (link). Naquela ocasião, dissemos, com base num livro resenhado anteriormente:
“É cada vez maior o consenso entre os fisiologistas de que a perda de músculos, mais do que qualquer outro fator isolado, é responsável ao mesmo tempo pela fragilidade e pela diminuição da vitalidade associadas à velhice.
[…]
A geração de capacidade energética física é às vezes chamada de “fortalecimento”. No mundo predominantemente sedentário de quem trabalha em escritórios, a ausência de qualquer demanda física regular impede o fortalecimento natural que decorre de uma vida fisicamente ativa. O resultado é que, à medida que envelhecemos, a maioria de nós tem menos energia à disposição para lidar com situações desafiadoras e estressantes”.
Passados seis anos da publicação daquele texto, os seus ensinamentos continuam atuais. Uma vida fisicamente ativa é praticamente o oposto do que a sociedade manda nos fazer. A sociedade quer que fiquemos sentados, em frente a telas de computadores; deitados, em frente a telas de TVs ou celulares; ou parados, em frente de qualquer tipo de tela. Estamos quase sempre interagindo com telas, não com ambientes naturais ou mesmo pessoas de “carne e osso”.
Precisamos quebrar esse paradigma do sedentarismo. E isso dá trabalho, pois demanda muito esforço mental e aptidão para vencer a inércia.
Mas é um passo necessário se quisermos viver uma vida plena, com energia física e, sobretudo, capacidade de conservar movimentos simples, como os de dar simples passos sem ficar ofegante, por exemplo.
Pratique caminhadas você também. Fortaleça sua saúde, para não ficar dependente de uma de suas autonomias mais importantes: a de conseguir se movimentar por conta própria.
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