WRC, Rali das Canárias: Toyota parte e reparte, Rovanpera fica com a melhor parte, Hyundai não teve arte…
Sete meses depois, Kalle Rovanperä-Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) regressaram aos triunfos e venceram o Rali das Canárias naquela que é a quarta vitória do ano da Toyota no WRC. Dois triunfos para Elfyn Evans, um para Sébastien Ogier, agora outro para Kalle Rovanpera, numa prova em que a Toyota dominou por completo, triunfando […] The post WRC, Rali das Canárias: Toyota parte e reparte, Rovanpera fica com a melhor parte, Hyundai não teve arte… first appeared on AutoSport.

Sete meses depois, Kalle Rovanperä-Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) regressaram aos triunfos e venceram o Rali das Canárias naquela que é a quarta vitória do ano da Toyota no WRC.
Dois triunfos para Elfyn Evans, um para Sébastien Ogier, agora outro para Kalle Rovanpera, numa prova em que a Toyota dominou por completo, triunfando na grande maioria dos troços, e colocando quatro carros nos quatro primeiro lugares. Aproveitaram, claro, uma má prova da Hyundai, devido a modificações que fizeram no carro a propósito da estreia de novos pneus duros de asfalto. Só que algo correu mal, porque logo no shakedown os três pilotos da equipa detetaram um grande problema na suspensão do carro, fruto das mudanças recentes efetuadas, que simples mudanças de afinação não iriam resolver, só mesmo na fábrica e por isso, os Hyundai foram-se afundando na classificação, com o melhor do carro sul coreanos a terminar na quinta posição a cerca de dois minutos e meio da frente, o que está muito longe de ser normal. Era a prova em que a Hyundai queria reagir às vitórias consecutivas da Toyota, mas ainda não foi desta…
Depois de três meses sem competir, Sébastien Ogier-Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1) terminaram em segundo, muito longe de Rovanpera, e durante a prova o piloto confessou: “estou velho demais para ir à luta”, o que diz bem do andamento que Rovanpera impôs, um rali num tipo de asfalto que o jovem finlandês gosta, liso e limpo, tendo estado perfeitamente imbatível nesta prova. Ogier ainda consegue bater com alguma facilidade outros adversários no asfalto, mas não este Rovanpera…
Elfyn Evans-Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) terminam a prova no terceiro lugar, o que é, ironicamente o seu pior resultado do ano, depois de dois triunfos e um segundo lugar, o que diz bem da consistência do galês, que face aos atrasos dos Hyundai, dilatou ainda mais a sua liderança no campeonato, para não falar da Toyota nos Construtores, face aos quatro carros na frente. A única má notícia para Evans nesta prova é a forma com que Rovanpera surgiu nas Canárias. Com 10 provas pela frente, nenhum avanço é seguro, nesse contexto…
“Fizemos alguns progressos este fim de semana e hoje foi melhor. Gostaria de agradecer à equipa por ter disponibilizado um carro com um desempenho tão elevado”, disse no final.
Quarto posto para Takamoto Katsuta-Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), um bom resultado, pois com dois abandonos em três provas – na que terminou, na Suécia, foi segundo – bem precisava de um novo bom resultado para reconstruir a confiança que claramente perdeu no Quénia com o que lhe sucedeu. Nesta prova, esteve regular e fez o que Sami Pajari acabou por falhar, levar o carro até ao fim onde estava: “É ótimo para a equipa. É ótimo fazer um quádruplo. É bom terminar com este resultado depois de um Quénia difícil. Mal posso esperar pelo próximo rali de gravilha porque adoro Portugal.”
Adrien Fourmaux-Alexandre Coria (Hyundai i20 N Rally1) foram quintos e o melhor Hyundai. Fizeram o que puderam, face aos problemas da Hyundai, ‘ganhando’ o seu rali, ou seja, bateu os colegas de equipa, porque o problema era igual para todos: “Este fim de semana trouxe algumas coisas positivas. Fomos os vencedores da Taça Hyundai! Temos de continuar a avançar. Conseguimos conquistar alguns pontos, mesmo que tivéssemos preferido conquistar mais. A época ainda é longa e não podemos desistir.”
Ott Tänak-Martin Järveoja (Hyundai i20 N Rally1) foram sextos, também eles se limitaram a andar o mais seguro possível, assim que descobriram que pouco ou nada poderia fazer nesta prova. O segundo lugar no Quénia foi promissor e nesta prova a única coisa que poderia ter feito era ‘vencer’ entre os Hyundai: “Obviamente, foi um rali muito difícil. Não sei bem o que dizer. Não trabalhámos muito bem antes da prova e a Toyota fez muito melhor do que nós”, disse.
Thierry Neuville-Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) foram sétimos, sendo que o asfalto este ano não lhe está a correr bem, mas nesta prova, tal como os seus colegas de equipa, não podia fazer muito mais. Lutou para ser o melhor Hyundai, mas um furo perto do fim da prova ‘tramou-o’: “fomos tentando muitas coisas este fim de semana. Coisas que normalmente não se fazem num rali. Por vezes a sensação era boa no início do troço, mas depois tornava-se mais complicado. Fiz o máximo do que podia, por vezes o equilíbrio era melhor, mas a velocidade ainda não estava lá. Não sei bem o que dizer. Não foi claramente um bom fim de semana e foi muito frustrante. Tivemos muitas dificuldades e temos de trabalhar mais. É óbvio que fizemos algo de errado. A equipa continuou a lutar apesar de todos os nossos problemas.”
Depois da saída de estrada no sábado, Grégoire Munster-Louis Louka (Ford Puma Rally1) atrasaram-se ainda mais, mas a prova até aí já não estava a correr bem: “Desde o início, as coisas não estavam bem. Mas nunca desistimos e tentámos muitas coisas para progredir.
Joshua Mcerlean-Eoin Treacy (Ford Puma Rally1), tal como Munster fez um rali pobre, se o Hyundai tiveram problemas, os Ford simplesmente tiveram pilotos longe de poder andar mais à frente, tendo mesmo o irlandês muitas dificuldades de bater os melhores RC2, o que não é admissível para quem guia um Rally1. Aqui e ali, tudso bem, pode suceder, mas durante um dia interior em sete troços ficar na maioria com um ou dois RC2 à sua frente, não pode suceder a este nível. Tudo bem que tudo é novo, inclusive a prova, e essa é somente a sua única desculpa.
Sami Pajari-Marko Salminen (Toyota GR Yaris Rally1) estavam a fazer uma boa prova, a rodar na quarta posição e a caminho de igualar a sua melhor classificação de sempre, depois de um bom desempenho, até ter ficado fora de prova depois de ter batido numa barreira de madeira perto do final da PEC12 e ter sido forçado a parar com danos.
Estava a conduzir muito bem até essa altura, mas este tip ode azares sucedem, aos melhores, quanto mais aos ‘rookies’: “Estávamos a ter outro dia bom e limpo. O ritmo estava a ser natural e era agradável estar no carro. Infelizmente, na PEC12 fomos um pouco rápidos demais numa curva longa. Não sei bem o que aconteceu porque acho que fiz o mesmo que fiz de manhã, mas simplesmente tínhamos demasiada velocidade e batemos na vedação. É sempre uma pena quando as coisas acontecem desta forma, mas se estamos a começar a igualar os tempos dos melhores pilotos, então coisas como esta podem acontecer facilmente.”
Do WRC2 falaremos noutro lado