Walter Delgatti sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli, afirma advogado do hacker

Hacker está sendo julgado na 1ª Turma do STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 8 anos de prisão. Walter Delgatti sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli, afirma advogado do hacker O hacker Walter Delgatti, que está sendo julgado pelo STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), "sempre disse que estava a mando" da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) "O que foi dito pelo Walter desde a CPI dos atos golpistas, ele sempre usou o mesmo discurso. Ele sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli. E ele sempre apontou que esteve com o ex-presidente (Jair Bolsonaro), e o que passavam para ele é que Bolsonaro sabia de tudo, de todas as atitudes e a forma na qual Carla Zambelli estaria conduzindo a situação", afirmou Ariovaldo Moreira, advogado de Delgatti. "Tudo o que era passado a ele, havia concordância do ex-presidente Jair Bolsonaro". O hacker é julgado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), e já tem quatro votos para ser condenado junto com Zambelli (PL-SP). O último voto é do ministro Luiz Fux e o julgamento vai até o dia 16 de maio. Se condenado, ele pode pegar até oito anos e três meses de prisão. Ele já cumpre prisão preventiva. A deputada e o hacker também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. A defesa de Walter Delgatti informou que pretende contestar a sentença, alegando que houve exagero na interpretação das provas. "Walter sabia que estava cometendo um crime, mas ele pagou para ver", diz advogado. Moreira explica que Delgatti foi para Brasília durante o governo Bolsonaro por conta de um pedido de Carla Zambelli para encontrar com o ex-presidente, e o que o desejo do hacker era uma oportunidade de trabalho. O hacker Walter Delgatti Neto na CPI WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Crimes A maioria da turma entende que Carla Zambelli e Walter Delgatti cometeram os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os dois de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. De acordo com a denúncia que está em julgamento no STF, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema do CNJ para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era "colocar em dúvida a legitimidade da Justiça" e fomentar manifestações contra as instituições republicanas. A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário. "Os ataques coordenados pela parlamentar e efetivados pelo hacker possuem gravidade acentuada e tinham o propósito espúrio de desestabilizar as instituições republicanas", destacou o órgão. A defesa de Zambelli afirmou que ela não cometeu nenhum crime.

Mai 12, 2025 - 18:53
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Walter Delgatti sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli, afirma advogado do hacker

Hacker está sendo julgado na 1ª Turma do STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 8 anos de prisão. Walter Delgatti sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli, afirma advogado do hacker O hacker Walter Delgatti, que está sendo julgado pelo STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), "sempre disse que estava a mando" da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) "O que foi dito pelo Walter desde a CPI dos atos golpistas, ele sempre usou o mesmo discurso. Ele sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli. E ele sempre apontou que esteve com o ex-presidente (Jair Bolsonaro), e o que passavam para ele é que Bolsonaro sabia de tudo, de todas as atitudes e a forma na qual Carla Zambelli estaria conduzindo a situação", afirmou Ariovaldo Moreira, advogado de Delgatti. "Tudo o que era passado a ele, havia concordância do ex-presidente Jair Bolsonaro". O hacker é julgado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), e já tem quatro votos para ser condenado junto com Zambelli (PL-SP). O último voto é do ministro Luiz Fux e o julgamento vai até o dia 16 de maio. Se condenado, ele pode pegar até oito anos e três meses de prisão. Ele já cumpre prisão preventiva. A deputada e o hacker também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. A defesa de Walter Delgatti informou que pretende contestar a sentença, alegando que houve exagero na interpretação das provas. "Walter sabia que estava cometendo um crime, mas ele pagou para ver", diz advogado. Moreira explica que Delgatti foi para Brasília durante o governo Bolsonaro por conta de um pedido de Carla Zambelli para encontrar com o ex-presidente, e o que o desejo do hacker era uma oportunidade de trabalho. O hacker Walter Delgatti Neto na CPI WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Crimes A maioria da turma entende que Carla Zambelli e Walter Delgatti cometeram os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os dois de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. De acordo com a denúncia que está em julgamento no STF, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema do CNJ para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era "colocar em dúvida a legitimidade da Justiça" e fomentar manifestações contra as instituições republicanas. A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário. "Os ataques coordenados pela parlamentar e efetivados pelo hacker possuem gravidade acentuada e tinham o propósito espúrio de desestabilizar as instituições republicanas", destacou o órgão. A defesa de Zambelli afirmou que ela não cometeu nenhum crime.