Vereadores de BH aprovam uso da Bíblia em escolas como 'material complementar'

Parlamentares rejeitaram emenda que proibia conotação religiosa. Texto segue para apreciação do prefeito, que pode tornar lei ou vetar o projeto. Leitura da Bíblia é feita no início de reuniões da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Cristina Medeiros/CMBH O uso da Bíblia em escolas públicas e particulares como material de apoio para disseminação de conteúdo "cultural, histórico, geográfico e arqueológico" foi aprovado em segundo turno pelos vereadores de Belo Horizonte. O texto segue para sanção ou veto do prefeito Álvaro Damião (União Brasil). O texto foi aprovado nesta terça-feira (8) com 28 votos a favor, 8 contrários e 2 abstenções (veja como votou cada vereador abaixo). A autora do projeto, Flávia Borja (DC), argumenta que o texto permite aos professores abordar histórias de civilizações antigas, como Israel e Babilônia, que não se encontram em outras fontes, além de trabalhar com diferentes gêneros literários, como crônica, poesia e parábola. Parlamentares contrários alegaram que a medida fere a laicidade do estado. O vereador Pedro Patrus (PT) apresentou uma emenda proibindo a conotação religiosa da abordagem, mas que foi rejeitada por 25 votos contrários e 13 a favor. O texto ainda prevê que a participação em aulas com conteúdo bíblico não seja obrigatória, de modo a garantir a liberdade religiosa. Os parlamentares contrários, porém, afirmaram haver possibilidade de constrangimento de alunos que seguem outras vertentes religiosas ou vêm de famílias ateias. Borja, autora do texto, ainda alegou que outras religiões, como de matrizes africanas, fazem parte do currículo escolar como forma de disseminação cultural. O texto agora segue para redação final e, depois, será encaminhado ao prefeito. Após recebê-lo, Damião terá um prazo de 15 dias para sancionar ou vetar. Veja como votou cada vereador Arruda (Republicanos) — Sim Braulio Lara (NOVO) — Sim Bruno Miranda (PDT) — Abstenção Cida Falabella (PSOL) — Não Cláudio do Mundo Novo (PL) — Sim Cleiton Xavier (MDB) — Sim Diego Sanches (SDD) — Sim Dr. Bruno Pedralva (PT) — Não Dra. Michelly Siqueira (PRD) — Sim Edmar Branco (PCdoB) — Sim Fernanda Pereira Altoé (NOVO) — Presidência (não vota) Flávia Borja (DC) — Sim Helinho da Farmácia (PSD) — Sim Helton Junior (PSD) — Abstenção Irlan Melo (Republicanos) — Sim Iza Lourença (PSOL) — Não Janaina Cardoso (União) — Não votou José Ferreira (Podemos) — Sim Juhlia Santos (PSOL) — Não Juninho Los Hermanos (Avante) — Sim Leonardo Ângelo (Cidadania) — Sim Loíde Gonçalves (MDB) — Sim Lucas Ganem (Podemos) — Sim Luiza Dulci (PT) — Não Maninho Félix (PSD) — Sim Marilda Portela (PL) — Sim Neném da Farmácia (PMN) — Sim Osvaldo Lopes (Republicanos) — Sim Pablo Almeida (PL) — Sim Pedro Patrus (PT) — Não Pedro Rousseff (PT) — Não Professor Juliano Lopes (Podemos) — Não votou Professora Marli (PP) — Sim Rudson Paixão (SDD) — Sim Sargento Jalyson (PL) — Sim Tileléo (PP) — Sim Trópia (NOVO) — Sim Uner Augusto (PL) — Sim Vile (PL) — Sim Wagner Ferreira (PV) — Não Wanderley Porto (PRD) — Sim Vídeos mais assistidos do g1 MG

Abr 9, 2025 - 13:28
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Vereadores de BH aprovam uso da Bíblia em escolas como 'material complementar'

Parlamentares rejeitaram emenda que proibia conotação religiosa. Texto segue para apreciação do prefeito, que pode tornar lei ou vetar o projeto. Leitura da Bíblia é feita no início de reuniões da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Cristina Medeiros/CMBH O uso da Bíblia em escolas públicas e particulares como material de apoio para disseminação de conteúdo "cultural, histórico, geográfico e arqueológico" foi aprovado em segundo turno pelos vereadores de Belo Horizonte. O texto segue para sanção ou veto do prefeito Álvaro Damião (União Brasil). O texto foi aprovado nesta terça-feira (8) com 28 votos a favor, 8 contrários e 2 abstenções (veja como votou cada vereador abaixo). A autora do projeto, Flávia Borja (DC), argumenta que o texto permite aos professores abordar histórias de civilizações antigas, como Israel e Babilônia, que não se encontram em outras fontes, além de trabalhar com diferentes gêneros literários, como crônica, poesia e parábola. Parlamentares contrários alegaram que a medida fere a laicidade do estado. O vereador Pedro Patrus (PT) apresentou uma emenda proibindo a conotação religiosa da abordagem, mas que foi rejeitada por 25 votos contrários e 13 a favor. O texto ainda prevê que a participação em aulas com conteúdo bíblico não seja obrigatória, de modo a garantir a liberdade religiosa. Os parlamentares contrários, porém, afirmaram haver possibilidade de constrangimento de alunos que seguem outras vertentes religiosas ou vêm de famílias ateias. Borja, autora do texto, ainda alegou que outras religiões, como de matrizes africanas, fazem parte do currículo escolar como forma de disseminação cultural. O texto agora segue para redação final e, depois, será encaminhado ao prefeito. Após recebê-lo, Damião terá um prazo de 15 dias para sancionar ou vetar. Veja como votou cada vereador Arruda (Republicanos) — Sim Braulio Lara (NOVO) — Sim Bruno Miranda (PDT) — Abstenção Cida Falabella (PSOL) — Não Cláudio do Mundo Novo (PL) — Sim Cleiton Xavier (MDB) — Sim Diego Sanches (SDD) — Sim Dr. Bruno Pedralva (PT) — Não Dra. Michelly Siqueira (PRD) — Sim Edmar Branco (PCdoB) — Sim Fernanda Pereira Altoé (NOVO) — Presidência (não vota) Flávia Borja (DC) — Sim Helinho da Farmácia (PSD) — Sim Helton Junior (PSD) — Abstenção Irlan Melo (Republicanos) — Sim Iza Lourença (PSOL) — Não Janaina Cardoso (União) — Não votou José Ferreira (Podemos) — Sim Juhlia Santos (PSOL) — Não Juninho Los Hermanos (Avante) — Sim Leonardo Ângelo (Cidadania) — Sim Loíde Gonçalves (MDB) — Sim Lucas Ganem (Podemos) — Sim Luiza Dulci (PT) — Não Maninho Félix (PSD) — Sim Marilda Portela (PL) — Sim Neném da Farmácia (PMN) — Sim Osvaldo Lopes (Republicanos) — Sim Pablo Almeida (PL) — Sim Pedro Patrus (PT) — Não Pedro Rousseff (PT) — Não Professor Juliano Lopes (Podemos) — Não votou Professora Marli (PP) — Sim Rudson Paixão (SDD) — Sim Sargento Jalyson (PL) — Sim Tileléo (PP) — Sim Trópia (NOVO) — Sim Uner Augusto (PL) — Sim Vile (PL) — Sim Wagner Ferreira (PV) — Não Wanderley Porto (PRD) — Sim Vídeos mais assistidos do g1 MG