Transformação digital do Banco de Fomento vai custar 2,5 milhões
O Banco Português de Fomento vai investir 2,5 milhões de euros para modernizar a sua infraestrutura tecnológica, sendo que está dispensado de de cumprir parte das regras da contratação pública durante 12 meses, tal como o ECO já noticiou. Eficiência operacional com automação, robotização e padronização de tarefas são alguns dos objetivos da transformação digital […]


O Banco Português de Fomento vai investir 2,5 milhões de euros para modernizar a sua infraestrutura tecnológica, sendo que está dispensado de de cumprir parte das regras da contratação pública durante 12 meses, tal como o ECO já noticiou. Eficiência operacional com automação, robotização e padronização de tarefas são alguns dos objetivos da transformação digital que o presidente executivo elencou na apresentação do plano de ação do banco, em fevereiro.
“Na sequência de um exaustivo diagnóstico realizado às áreas tecnológicas e de operações do BPF, concluiu-se que os sistemas do banco apresentam um posicionamento digital desatualizado face ao dinamismo necessário à execução dos objetivos e missão” da instituição, lê-se no decreto-lei publicado esta segunda-feira em Diário da República.
“As evoluções planeadas”, que vão custar 2,5 milhões de euros, “permitirão ampliar a qualidade e eficiência dos processos, tratamento de volumes de informação de grande escala e apoio à tomada de decisão estratégica, transformar os processos e disponibilizar os produtos e serviços às empresas com maior rapidez e qualidade. Esta necessidade encontra-se justificada nos Planos de Atividade e Orçamento do BPF para os exercícios de 2024 e 2025, devidamente autorizados pelas tutelas”, acrescenta o mesmo diploma.
A “transformação digital” do banco é tarefa para os três anos de mandato, explicou o CEO, na apresentação do plano de ação de ação a 17 fevereiro. Gonçalo Regalado reconheceu que propôs ao ministro das Finanças “investimentos relevantes, mas estruturais”, para que o Banco de Fomento seja “seguro e eficiente”. “Queremos ter eficiência operacional com automação, robotização e padronização de tarefas”, explicou, “para reduzir o tempo de resposta às empresas”. Isso será conseguido com “a criação de uma solução com data centers e cloud“, precisou.
“Queremos construir uma software house com parcerias tendencialmente portuguesas”, revelou na altura, reiterando que o objetivo é “contratar um software de suporte para todo o BPF (capital, garantias, seguros) de modo a ter todas as empresas na mesma infraestrutura tecnológica” — “que esperamos que seja português”, disse.
O banco, em termos de contratações, é dispensado de cumprir a Parte II do Código dos Contratos Públicos”, por ser “necessário dar maior agilidade à contração de bens e serviços imprescindíveis ao processo de automação transformação tecnológica e digital do banco”, lê-se no decreto. No entanto é obrigado a consultar pelo menos três entidades.
Esta é a parte que determina quais os tipos de procedimentos a que as entidades adjudicantes estão sujeitas seja ajuste direto, consulta prévia, concurso público, concurso limitado por prévia qualificação, procedimento de negociação, diálogo concorrencial, ou parceria para a inovação e quais as prestações que são abrangidas. Em causa estão desde as empreitadas de obras públicas às compras de serviços.
Segundo o Código dos Contratos Públicos as entidades podem optar pela consulta prévia na aquisição de bens móveis e de serviços, quando o valor do contrato for inferior a 75 mil euros, embora tenham de consultar pelo menos três entidades.
No segundo ano de mandato, Gonçalo Regalo prevê avançar com a “ampliação de competências” de modo a oferecer aos empresários “um conjunto de soluções”. “Queremos relacionar-nos com as empresas de forma direta e simples, acessível, com confiança e segurança”, disse. Para o último ano ficará a criação de um site externo, com login de empresas. “Será um trabalho que vamos fazer de forma contínua e paulatina”, concluiu.