Saiba quem são os congressistas que assinaram a CPMI do INSS

Damares Alves e Coronel Fernanda conseguiram reunir o apoio de 259 deputados e senadores

Mai 12, 2025 - 23:32
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Saiba quem são os congressistas que assinaram a CPMI do INSS

A oposição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou nesta 2ª feira (12.mai.2025) o pedido de criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Eis a íntegra do requerimento apresentado (PDF – 143 KB).

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O requerimento foi articulado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT). Juntas, conseguiram 259 assinaturas –de 223 deputados e 36 senadores.

Saiba quem foram os senadores que assinaram (clique aqui para abrir em outra aba):

Saiba quem foram os deputados que assinaram (clique aqui para abrir em outra aba):

RESISTÊNCIA DE ALCOLUMBRE

A responsabilidade de dar andamento à criação da CPI mista recai sobre o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que demonstra cautela antes de tomar qualquer decisão, já que tem se aproximado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador procura evitar embates que possam comprometer sua articulação com o governo federal.

O presidente da Casa Alta está em viagem ao exterior. Ele acompanha Lula em missão à Rússia e à China, que se encerra na 4ª feira (14.mai). Sua ausência inviabiliza a leitura necessária para formalizar a criação da CPI mista.

CPI DO INSS

A ideia da oposição é conduzir no Congresso a investigação das fraudes. A PF deflagrou em 23 de abril a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados. De acordo com a PF, a investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

O governo informou que, em 2023, a CGU (Controladoria Geral da União) deu início a uma série de apurações sobre o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS.

Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos na folha de pagamento. Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos.

O órgão identificou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregue a documentação completa ao INSS. Na operação, 6 pessoas foram afastadas de suas funções. Entre elas, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

A repercussão do caso levou à demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). O pedetista foi aconselhado por deputados a deixar o cargo, sob a condição de que alinhasse o discurso de que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as apurações ficaram a encargo do governo petista.