Receitas dos esportes femininos baterão R$ 13,3 bilhões em 2025

Os esportes femininos devem continuar a sua trajetória de crescimento acelerado, conforme apontado no relatório divulgado pela Deloitte.

O estudo prevê que as receitas das modalidades femininas de elite alcançarão US$ 2,35 bilhões (R$ 13,3 bilhões) em 2025. Esse resultado demonstra a continuidade da tendência positiva observada no ano passado, quando o faturamento foi de US$ 1,88 bilhão. Inicialmente, em 2024, a previsão era de um valor de US$ 1,28 bilhão.

“O crescimento do esporte feminino continuou a superar as expectativas, com diversas competições, ligas, clubes e atletas gerando retornos significativos, mesmo com recursos limitados. O mais importante é que a indústria está indo além das métricas tradicionais, focando na evolução de estruturas e programas por meio de investimentos aprimorados e ações ousadas. Os líderes do setor precisam encontrar o equilíbrio certo entre sustentar esse crescimento, construir bases sólidas e maximizar as oportunidades de sucesso a longo prazo”, disse Jennifer Haskel, líder de conhecimento e insights do Deloitte Sports Business Group.

Caso as previsões da Deloitte se concretizem, as receitas dos esportes femininos de elite crescerão 240% globalmente em apenas quatro anos. Além disso, as receitas comerciais, que englobam patrocínios, parcerias, vendas de merchandising e rendimentos de turnês de pré-temporada, ultrapassaram US$ 1 bilhão pela primeira vez em 2024, representando 55% do total de receitas no esporte feminino.

Para 2025, a Deloitte estima que a receita comercial continuará a dominar o faturamento, com uma previsão de US$ 1,26 bilhão, o que representaria 54% do total. A tendência é que equipes, federações e ligas atraem mais reconhecimento e interesse das marcas, além de contratos mais lucrativos.

As projeções também indicam um aumento considerável nas receitas de transmissões, que devem alcançar US$ 590 milhões (25% do total), e de jogos, com previsão de US$ 500 milhões (21% do total).

“A indústria do esporte feminino está reescrevendo as regras e desafiando as normas tradicionais, reformulando o futuro do setor. O grande desafio, a partir de 2025, será fazer com que a indústria esportiva, as marcas e investidores façam as coisas de maneira diferente. Isso permitirá que eles compreendam melhor as oportunidades no mercado e aproveitem a trajetória de crescimento atual dos esportes femininos, criando um ecossistema no qual esses esportes possam florescer”, afirmou Haskel.

Entre as modalidades com maior geração de receitas, destaques para o basquete (US$ 1,03 bilhão, ou 44% do total) e o futebol (US$ 820 milhões, ou 35%). O basquete está se consolidando como o principal esporte feminino em faturamento, impulsionado pela ascensão de atletas como Caitlin Clark, do Indiana Fever.

A previsão é que, em 2025, as receitas do futebol feminino subam de US$ 740 milhões para US$ 820 milhões, enquanto as do basquete feminino devem saltar de US$ 710 milhões para US$ 1,03 bilhão.

Os líderes entre os mercados

A análise da Deloitte aponta que a América do Norte (US$ 1,39 bilhão) e a Europa (US$ 420 milhões) continuarão sendo os principais mercados para os esportes femininos, em termos de geração de receitas.

A pesquisa destaca que novas estruturas de investimento podem desbloquear “mais oportunidades de investimento e recursos dedicados para marcas e empresas de esportes femininos de elite”, aumentando ainda mais os retornos comerciais.

A Deloitte espera que grandes eventos e competições globais também contribuam significativamente para o aumento das receitas e para o crescimento do interesse de novos fãs pelos esportes femininos.

“Grandes eventos estão aumentando a visibilidade e a participação em diversos esportes e regiões, mas é necessário tomar ações estratégicas após esses momentos de grande visibilidade para garantir o sucesso de ligas e clubes. Não basta mais sediar um evento – os organizadores precisam ser ousados e pensar em novas maneiras de envolver os fãs e impulsionar a participação, mesmo depois de o campeão ser coroado”, finalizou Haskel.

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