Queridinhas em 2024, Nvidia (NVDA) e Tesla (TSLA) derretem na bolsa em 2025; hora de encher o carrinho de ações?
Analista avalia casos da Nvidia e da Tesla e responde se agora é o momento de entrar nas ações O post Queridinhas em 2024, Nvidia (NVDA) e Tesla (TSLA) derretem na bolsa em 2025; hora de encher o carrinho de ações? apareceu primeiro em Empiricus.

As ações da Nvidia (NVDA) e da Tesla (TSLA) trouxeram excelentes retornos para os investidores nos últimos anos, a ponto de se tornarem duas das queridinhas do mercado internacional. Apenas em 2024, as ações NVDA valorizaram 171%, enquanto as da empresa de Elon Musk subiram 73%.
No entanto, o desempenho não tem sido nada parecido em 2025. As ações da Nvidia derreteram -22,2% até o fechamento de mercado da última quinta-feira (10). Os papéis da Tesla caíram ainda mais no período: -33,4%.
Não são poucos os motivos que explicam a maré negativa para as ações. A retirada de dinheiro das teses de inteligência artificial, o caso Deepseek, as polêmicas de Musk e, mais recentemente, a guerra tarifária promovida por Donald Trump são alguns dos fatores que criaram a tempestade perfeita para os papéis.
Com isso, os investidores que pretendiam investir nas ações e perderam o bonde, ou até aqueles que querem recalibrar suas posições, podem se perguntar: chegou a hora de aproveitar a queda nos preços para investir na Tesla? E na Nvidia?
Para responder a pergunta, é necessário avaliar caso a caso.
Tesla tem muitos desafios à frente
O analista Enzo Pacheco, da Empiricus, destaca que grande parte da valorização das ações da Tesla ocorreu no período da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Vale destacar que o CEO e cofundador da Tesla, Elon Musk, é próximo ao republicano e, inclusive, ocupa um cargo no governo Trump. Entretanto, as coisas não saíram como o esperado pelos investidores.
“Desde então, todas as tomadas de decisão do governo trouxeram polêmicas e os consumidores passaram a rever seus interesses pelos carros da Tesla. Isso fez com que a ação voltasse para o patamar anterior”, disse Pacheco.
As últimas notícias dão conta de que Musk estaria pressionando Trump a reverter as tarifas, que são altamente prejudiciais para a Tesla – visto que boa parte dos componentes dos veículos da marca são importados.
Desde a máxima atingida em dezembro de 2024, aos US$ 479,8, as ações da companhia despencaram cerca de 50%.
“Não achava que a alta se justificava no período, e continuo a achar que não vamos ter uma recuperação nem tão cedo para as ações da Tesla”, avalia Pacheco.
Portanto, para o analista, ainda que as ações estejam muito abaixo da máxima histórica, não é hora de comprar as ações TSLA.
“O negócio ainda é difícil, teve aumento de concorrência, um problema de imagem importante com o Musk, inclusive com os principais clientes que tem uma visão mais ligada aos democratas nos EUA. E ainda por cima é um papel extremamente caro. É uma ação que tende a sofrer muito nesse mercado”, disse Pacheco.
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Nvidia ainda pode surfar ‘boom’ da IA, mas o mundo mudou
No caso da Nvidia, Pacheco vê um cenário diferente. O analista esteve no evento Nvidia GTC 2025, na Califórnia, entre os dias 17 e 21 de março, e disse ter visto a “temática de IA mais viva do que nunca e com uma necessidade de investimentos gigantesca”.
“As principais empresas de tecnologia estão estimando investimentos de US$ 200 a 300 bilhões no ano para fazer toda a infraestrutura necessária de inteligência artificial”, afirmou.
No entanto, desde as tarifas recíprocas anunciadas por Trump, o cenário ficou imprevisível para o setor.
“Parte do investimento que seria voltado para uma infraestrutura ‘x’, será destinado ao pagamento de tarifas. [As empresas] Vão comprar menos para montar o data center. Não quebra a temática de IA, mas dificulta muito no curto prazo. Falta uma clareza para os investidores entrarem de uma vez no papel”, disse Pacheco.
Ele lembra que o desempenho estelar dos papéis da Nvidia se deram “em um mundo sem tarifas, e a realidade era completamente diferente”.
“Não acho que seja o momento de colocar um peso muito grande nas ações. Temos que ter cuidado ao achar que, porque o papel caiu, se tornou atrativo”, recomendou.
No entanto, caso a companhia consiga entregar o crescimento esperado, os papéis estariam “baratos”, na visão do analista. “Dadas as estimativas de mercado, a ação estaria negociando por volta de 20 vezes os seus lucros estimados para este ano fiscal e 18 vezes para o ano seguinte. Mas os investidores vão ter que rever essas estimativas [por conta das tarifas]. Temos que ter cuidado ao entrar nesses papéis vendo só o preço de tela”, conclui.
Apesar de abordar o caso específico das duas ações, a visão do analista se estende para a bolsa americana como um todo. “Com tanta volatilidade, é difícil tomar decisões claras no momento. É uma oportunidade de ficar de olho e, para quem não tem nada, pode ser um início de investimento, mas sem grandes heroísmos”, concluiu.
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