Pré-mercado: Powell Fica, Mas Tarifas Não, Diz Trump

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo. Notícias e indicadores que podem influenciar os preços dos ativos nesta quarta-feira, 23 de abril O post Pré-mercado: Powell Fica, Mas Tarifas Não, Diz Trump apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Abr 24, 2025 - 10:52
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Pré-mercado: Powell Fica, Mas Tarifas Não, Diz Trump

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia. Estamos na quarta-feira, 23 de maio.

Cenários

Donald Trump afirmou na noite da terça-feira (22) que “não tem intenção” de demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano. O mandato de Powell se encerra em maio de 2026 e Trump vinha discutindo com assessores a possibilidade de encerrar a presidência de Powell antes do prazo.

O comentário representa uma reviravolta. Trump vinha criticando pesadamente Powell. Em um comentário em sua rede Truth Social na segunda-feira (21) ele chamou o líder do FED de “atrasado” (“Mr. Too Late”) e de “grande incompetente” (“major loser”), exigindo que as taxas de juros caíssem.

Na semana passada, Trump havia postado no Truth Social que a “demissão de Powell não poderia ser rápida o suficiente”, após o presidente do FED ter comentado, na quarta-feira (16) em uma palestra no The Economic Club em Chicago que as tarifas comerciais impostas por Trump poderiam afetar a economia.

Trump também disse estar disposto a adotar uma abordagem menos conflituosa nas negociações comerciais com a China, observando que a tarifa atual de 145% sobre as importações chinesas é “muito alta e não será tão alta… Não chegará nem perto disso. Cairá substancialmente. Mas não será zero”.

Os mercados iniciam o dia reagindo positivamente. Os contratos futuros do índice S&P 500 avançam 2,5% no pré-mercado, e os contratos futuros do índice Nasdaq Composite sobem 2,9%. As cotas do Exchange Traded Fund (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil, que representa as ações brasileiras em Nova York, sobe 1,7%.

O alívio nos mercados já havia começado na tarde da terça-feira, quando Scott Bessent, secretário do Tesouro (o equivalente a ministro da Fazenda) havia citado a possibilidade de um alivio na guerra comercial de Trump com a China. “Ninguém acha que a situação atual seja sustentável”, disse Bessent a investidores em uma reunião promovida pelo JP Morgan Chase.

Mesmo assim, há indicadores de nervosismo no mercado e os investidores têm buscado ativos seguros. Os contratos futuros de ouro subiram mais de 8% em abril e atingiram a máxima histórica de US$ 3.509,90 na terça-feira (22).

Perspectivas

A redução de tom de Trump traz um forte alívio para os investidores, que temiam as consequências de um conflito institucional entre o FED e a Casa Branca. Há uma razoável jurisprudência que dificulta ou mesmo impede que presidentes demitam banqueiros centrais. No entanto, os tribunais superiores americanos têm vários juízes conservadores que são favoráveis a Trump, o que poderia dar início a uma batalha jurídica de duração e consequências difíceis de prever.

Incerteza significa risco, que leva os investidores a pedir mais prêmio. A disputa poderia provocar uma fuga de ativos americanos, com consequências drásticas e negativas sobre as taxas globais de câmbio e sobre os juros nos Estados Unidos, que são a referência para o mercado de capitais global.

No entanto, a pergunta de vários trilhões de dólares é se Trump de fato mudou de ideia ou se apenas resolveu reduzir a pressão momentaneamente, podendo voltar ao ataque a qualquer momento.

Indicadores

  • Brasil

Sem indicadores relevantes

  • Estados Unidos

PMI Industrial (Abr)

Esperado: 49,0

Anterior: 50,2

PMI de Serviços (Abr)

Esperado: 52,8

Anterior: 54,4

Venda de casas novas (Mar)

Esperado: 684 mil

Anterior: 676 mil

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