Porsche Sprint Challenge, José Monroy: “Trabalhámos para aumentar a competitividade”

José Monroy, CEO da P21 Motorsport, entidade responsável pela Porsche Sprint Challenge Ibérica, competição com a chancela da Porsche, abriu a temporada de 2025 com um olhar realista, mas ambicioso sobre os números de inscritos e o futuro do troféu. Após um início com 15 carros em pista, Monroy explicou os motivos e traçou as […] The post Porsche Sprint Challenge, José Monroy: “Trabalhámos para aumentar a competitividade” first appeared on AutoSport.

Abr 27, 2025 - 10:21
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Porsche Sprint Challenge, José Monroy: “Trabalhámos para aumentar a competitividade”

José Monroy, CEO da P21 Motorsport, entidade responsável pela Porsche Sprint Challenge Ibérica, competição com a chancela da Porsche, abriu a temporada de 2025 com um olhar realista, mas ambicioso sobre os números de inscritos e o futuro do troféu. Após um início com 15 carros em pista, Monroy explicou os motivos e traçou as expectativas para o resto do ano.

“Começámos o ano com 15 carros em pista. Na verdade, deviam estar 17, porque temos 17 inscritos. Faltaram dois carros da mesma equipa, que comprou dois carros. Ao avançar com a compra de um carro novo há sempre um compromisso de participar pelo menos duas épocas. Por isso, estão inscritos, mas por motivos que me ultrapassam, não estiveram aqui. Espero que consigam estar presentes nas restantes provas.”

Apesar da ausência de duas viaturas, o número de inscritos não ficou muito longe do objetivo inicial. “Tínhamos falado nos 20 carros no teste do Estoril. Já passou um mês. Tivemos 18 inscritos — porque além dos 17 houve uma equipa que, embora inscrita, não conseguiu vir à primeira corrida por atraso na reparação de um toque sofrido num teste. O carro só ficou pronto ontem, e preferiram não arriscar. Por isso, ficámos com 15 em pista. Ficámos muito perto do que queríamos. Estou confiante que com estas alterações feitas para este ano, aumentamos o interesse da competição. Inserimos mais uma corrida, alteramos alguns pontos no regulamento no sentido de aumentar a competitividade e o equilíbrio. Ontem [sexta] tivemos um briefing extra com os pilotos em que afinamos aqui alguns detalhes, Vejo toda a gente, contente, o que é bom, porque é sempre difícil satisfazer todos, mas conseguimos chegar a um bom consenso.”

“Não quero quantidade, quero qualidade”

Monroy não esconde que a fasquia de 20 carros é uma meta importante, mas sublinha que mais importante do que a quantidade é a qualidade e a constância.

“Os 20 carros é o meu número ideal, o meu target. Para mim, ter 18 a 22 carros de forma constante é o equilíbrio certo. Prefiro isso a ter picos de 30 carros numa corrida e depois 12 noutra. Mais do que 25 carros em pista, honestamente, já começa a ser muita confusão. Como organizador e também como antigo piloto, acredito que o ambiente, a competitividade e a qualidade baixam quando há demasiados carros.”

“As regras são claras e são para ser cumpridas. E quanto mais gente houver, mais opiniões há e mais difícil é agradar a todos. Para mim, o troféu está muito bem assim: entre 18 e 22 carros seria perfeito.”

Aumentar a competitividade foi uma prioridade

O nível competitivo dos pilotos é outro fator que deixa Monroy particularmente satisfeito.

“A pedido de alguns pilotos, trabalhámos para aumentar a competitividade. Conseguimos trazer pilotos como o Dylan Pereira, o Borja García, o José Barros, o Nuno Batista, o João Macedo e Silva, o Ricardo Costa e o André Fernandes. Temos ali seis, sete pilotos separados por 1 segundo e meio. Isto é um salto face ao ano passado.”

Sobre a presença dos grandes nomes ao longo da temporada, Monroy acrescentou:

“O Dylan Pereira vai fazer praticamente toda a época, embora saiba que há uma prova que coincide com outros compromissos da Porsche. Mas ele, e todos os outros que referi, estão inscritos para a temporada completa.”

Um novo formato que atrai, mas a falta de carros limitou

A edição 2025 da Porsche Sprint Challenge Ibérica estreou um novo formato, pensado para atrair mais participantes. Monroy acredita que a estratégia é acertada.

“Inserimos mais uma corrida no programa, fizemos alterações no regulamento para tornar tudo mais equilibrado e competitivo, e implementámos o formato de dois pilotos por carro, o que abriu muito o interesse de pilotos que não conseguiam assumir uma época inteira sozinhos.”

Contudo, houve um obstáculo que não estava nas mãos da organização: a falta de carros disponíveis.

“Tivemos pilotos interessados, gostaram do formato, estavam prontos a avançar… mas não havia carros disponíveis. A Porsche tem uma procura muito grande e não consegue entregar carros novos a todos. Mesmo assim, fizeram um milagre e conseguiram mais um carro para o Dani García, que foi logo comprado. Se tivéssemos mais três ou quatro chassis, tínhamos atingido o objetivo inicial sem dúvida.”

Ambiente positivo e olhos em 2026

Apesar dos desafios, o ambiente entre pilotos e equipas deixou Monroy otimista.

“Ontem tivemos um briefing extra com os pilotos. Afinámos detalhes, todos estavam satisfeitos. Isso é bom, é muito difícil agradar a todos, mas conseguimos. Se continuarmos assim, com este ambiente e competitividade, vamos ter ainda mais pilotos.”

Pensando já no médio prazo, Monroy vê a temporada atual como uma preparação sólida para o futuro.

“Se mantivermos este nível até ao final da temporada, já podemos olhar para 2026 com muita confiança. Nem tudo acontece como planeamos, mas é importante continuar a moldar, ajustar e acreditar no projeto.”

Fotos: NunOrganistaThe post Porsche Sprint Challenge, José Monroy: “Trabalhámos para aumentar a competitividade” first appeared on AutoSport.