Onda de inquéritos contra políticos perde força no STF

Cenário, antes ameaçador aos congressistas, deu lugar a um clima de tranquilidade e até de confraternizações em Brasília

Abr 27, 2025 - 16:03
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Onda de inquéritos contra políticos perde força no STF

Quando o ministro Flávio Dino, do STF, deflagrou uma devassa nas emendas parlamentares do orçamento secreto no Congresso, bloqueando o pagamento de recursos e impondo ao Parlamento o dever de conferir transparência na destinação dos recursos, uma grande tempestade se anunciou no meio político.

Com órgãos de controle vasculhando repasses a prefeituras de todo o país, até colegas de Dino no Supremo se prepararam para a chegada de um grande volume de investigações contra políticos. Escândalos de corrupção envolvendo essas emendas não faltariam. A Corte viveria os velhos tempos de Mensalão e Petrolão, com uma sobrecarga de inquéritos contra mandatários que se perderam em negociatas com dinheiro público.

Semanas se passaram desde que Brasília presenciou um grande acordo político envolvendo a Corte, o Legislativo e o governo Lula. A ameaçadora devassa não veio e os inquéritos, que já chegavam, segundo revelou Gilmar Mendes numa entrevista, a mirar 80 parlamentares permanecem nesse patamar. O medo dos políticos já não existe. O clima anda tão bom entre Legislativo e Supremo, que até confraternizações de parlamentares passaram a receber magistrados nas últimas semanas.

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