Não se muda cultura com decreto, e sim com resultado

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Fev 17, 2025 - 22:16
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Não se muda cultura com decreto, e sim com resultado

Mudar a cultura de uma empresa é um desafio que muitos líderes enfrentam. O erro mais comum? Achar que cultura pode ser transformada por decreto, com regras, discursos ou apresentações institucionais. A realidade, porém, é que cultura não muda porque alguém mandou — ela muda quando as pessoas veem um novo comportamento gerar resultados e passam a adotá-lo.

Ou seja, cultura não muda com decreto, mas com resultado.

Cultura não muda com decreto, mas com resultado.

Cultura não muda com decreto, mas com resultado.

Por que cultura não muda por decreto?

Quando uma líder anuncia que “a partir de agora, seremos mais colaborativos”, “teremos uma cultura orientada a dados” ou “vamos adotar uma mentalidade ágil”, isso pode até soar inspirador. Mas sem exemplos concretos e resultados que validem essa mudança, a nova diretriz tende a ser ignorada ou até gerar resistência.

Isso acontece porque a cultura de uma empresa nada mais é do que o conjunto de comportamentos esperados em determinadas situações. E comportamentos não mudam com palavras — mudam com experiências.

Se queremos que uma equipe adote uma nova maneira de reagir, precisamos mostrar essa nova reação em prática, demonstrando que ela gera valor.

Exemplo prático: O app do corretor da Lopes

Quando entrei na Lopes, a equipe estava trabalhando em um “MVP” de um aplicativo para seus corretores. Coloquei aspas porque estava em desenvolvimento há 7 meses e ainda faltavam 2 ou 3 meses para ele ser entregue. Quando me aprofundei um pouco mais sobre o processo e por que estava demorando tanto, aprendi algumas coisas:

  • O discovery durou algo em torno de 5 meses!;
  • O discovery foi focado apenas na descoberta do problema, não na descoberta da solução;
  • O discovery foi feito apenas internamente, com levantamento de demanda das áreas de negócios e benchmarking com outros aplicativos para corretores disponíveis no mercado, sem nenhuma conversa com clientes;
  • O “MVP” foi definido com 58 requisitos e funcionalidades e já havia mais 90 requisitos e funcionalidades com escopo definido para serem desenvolvidos após o lançamento do “MVP”;
  • O principal problema a ser resolvido foi baseado na hipótese de que, se a corretora recebeu um lead, que é um potencial cliente interessado em um imóvel, quanto mais rápido ela receber esse lead e interagir com o cliente, maiores serão as chances de fechar um negócio;
  • Em seguida, a equipe analisou a jornada da corretora e percebeu que, quando um lead chega, a corretora precisa pesquisar no banco de dados de potenciais clientes da Lopes para verificar se o potencial cliente do lead já está em nosso banco de dados e, caso não esteja, cadastrar seus dados em nosso sistema.
  • A partir dessa análise da jornada da corretora, o time percebeu então que, se a corretora pudesse enviar algumas outras opções de imóveis para o cliente em potencial, isso aumentaria as chances de fechar um negócio;
  • Esse processo criou o escopo a ser implementado, que levou em torno de 5 meses de discovery, mais 7 a 8 meses de desenvolvimento para construir o aplicativo “MVP”. Ou seja, mais de 1 ano para fazer um “MVP”.                         </div>
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