Marina defende fazer um 'mapa do caminho' para o fim dos combustíveis fósseis

Segundo a ministra do Meio Ambiente, governo está comprometido em fazer um 'balanço ético' antes da COP30, que ocorre no Brasil em novembro. Ela, contudo, não citou a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, tema que vem sendo defendido pelo presidente. Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, participa de evento em Brasília. Reprodução/Climate & Clean Air Coalition A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (18) fazer um "mapa do caminho" para o fim dos combustíveis fósseis. Segundo a ministra, esse mapa deverá ser feito antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) — que acontece em novembro no Brasil — e deverá focar também no desmatamento e na cooperação em situações adversas. Presidente da Petrobras defende exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas Marina destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido em fazer um "balanço ético global" que envolva segmentos da sociedade civil. "O presidente Lula está aliançado com esses esforços no Brasil e propusemos para o secretário geral [António] Guterres, que, antes da COP 30, fizéssemos o balanço ético global, envolvendo segmentos da sociedade mundial, para termos de referência, indicadores de sucesso para implementar tudo o que já decidimos", afirmou Marina. "Vamos ter que fazer o mapa do caminho para o fim do combustível fóssil, desmatamento e também para fortalecer a cooperação em situação adversa. Vamos enfrentar também os superpoluentes que são também uma grande contribuição para a mudança do clima", prosseguiu a ministra. Marina Silva frisou a importância da "agenda de implementação" do que foi decidido em conferências anteriores. "Vamos encarar questões que considero que são raiz do problema: é enfrentar questões das ações voltadas para mitigação, estamos desde a RIO 92 conseguindo avanços que considero relevantes, mas, a partir de agora, não temos mais como, temos que implementar, o mundo já vive efeitos climáticos extremos e não tem como protelar", justificou. A declaração da ministra foi dada na abertura da "Conferência sobre Clima e Ar Limpo", em Brasília, que começou dia 16 de março e termina em 21 de março. Tema causa divergência Na ocasião, Marina não citou a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas — processo que está sob análise técnica do Ibama, e que é defendido pelo presidente Lula.

Mar 18, 2025 - 15:32
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Marina defende fazer um 'mapa do caminho' para o fim dos combustíveis fósseis

Segundo a ministra do Meio Ambiente, governo está comprometido em fazer um 'balanço ético' antes da COP30, que ocorre no Brasil em novembro. Ela, contudo, não citou a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, tema que vem sendo defendido pelo presidente. Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, participa de evento em Brasília. Reprodução/Climate & Clean Air Coalition A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (18) fazer um "mapa do caminho" para o fim dos combustíveis fósseis. Segundo a ministra, esse mapa deverá ser feito antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) — que acontece em novembro no Brasil — e deverá focar também no desmatamento e na cooperação em situações adversas. Presidente da Petrobras defende exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas Marina destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está comprometido em fazer um "balanço ético global" que envolva segmentos da sociedade civil. "O presidente Lula está aliançado com esses esforços no Brasil e propusemos para o secretário geral [António] Guterres, que, antes da COP 30, fizéssemos o balanço ético global, envolvendo segmentos da sociedade mundial, para termos de referência, indicadores de sucesso para implementar tudo o que já decidimos", afirmou Marina. "Vamos ter que fazer o mapa do caminho para o fim do combustível fóssil, desmatamento e também para fortalecer a cooperação em situação adversa. Vamos enfrentar também os superpoluentes que são também uma grande contribuição para a mudança do clima", prosseguiu a ministra. Marina Silva frisou a importância da "agenda de implementação" do que foi decidido em conferências anteriores. "Vamos encarar questões que considero que são raiz do problema: é enfrentar questões das ações voltadas para mitigação, estamos desde a RIO 92 conseguindo avanços que considero relevantes, mas, a partir de agora, não temos mais como, temos que implementar, o mundo já vive efeitos climáticos extremos e não tem como protelar", justificou. A declaração da ministra foi dada na abertura da "Conferência sobre Clima e Ar Limpo", em Brasília, que começou dia 16 de março e termina em 21 de março. Tema causa divergência Na ocasião, Marina não citou a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas — processo que está sob análise técnica do Ibama, e que é defendido pelo presidente Lula.