Instagram foi visto como uma ameaça ao Facebook, afirma cofundador da rede

O cofundador do Instagram Kevin Systrom disse à justiça dos EUA que a rede social era vista como uma ameaça ao crescimento do Facebook, mesmo após a aquisição pela empresa de Mark Zuckerberg. Além disso, alegou que a atual Meta dificultou o repasse de recursos para limitar o crescimento da rede de fotos e vídeos. Kevin Systrom | Quem criou o Instagram? Por que criador do WhatsApp se arrependeu de vendê-lo para a Meta Systrom foi uma das testemunhas convocadas para o julgamento da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) que avalia uma acusação de monopólio ilegal da Meta e deu seu testemunho nesta terça-feira (22). A investigação avalia práticas antitruste da empersa no mercado após as compras do Instagram e do WhatsApp. Systrom acusou falta de investimentos  Durante um depoimento de cerca de seis horas de duração, Systrom defendeu uma ideia de que o crescimento do Instagram aconteceria mesmo sem o suporte do Facebook no período, segundo o site The Verge. O cofundador da rede alegou que muitos recursos foram limitados para a rede para evitar impacto na base de usuários do Facebook. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- O empresário trouxe dados internos de 2018 com detalhes sobre integrações feitas entre as redes sociais, incluindo a opção de postar entre apps. O Instagram notou aumento na audiência, enquanto o Facebook continuou estável — alguns dos recursos teriam sido encerrados por Zuckerberg pouco tempo após a saída de Systrom e do brasileiro Mike Krieger, ambos cofundadores da rede.  “Nós éramos uma ameaça ao crescimento deles”, comentou Kevin Systrom. “Se o Instagram não crescesse rapidamente, o Facebook não encolheria rapidamente”. Ele afirmou que o Instagram conseguiu alcançar um bilhão de usuários (metade da base do Facebook) com um número reduzido de funcionários na equipe.  Facebook teria limitado o crescimento do Instagram, de acordo com cofundador da rede social (Imagem: Brett Jordan/Unsplash) Além disso, Zuckerberg teria concentrado mais esforços para vídeos no Facebook após declarar que o formato seria a grande mudança das redes, enquanto o Instagram não teria recebido apoio adicional nesse sentido. O Facebook Inc (atual Meta) comprou o Instagram por US$ 1 bilhão de dólares em 2012. Kevin Systrom e Mike Krieger, cofundadores da rede, continuaram no alto escalão da empresa até anunciarem suas respectivas saídas em 2018. O que pode acontecer com a Meta? A Meta passa por uma investigação judicial pela FTC para avaliar uma possível prática de monopólio ilegal no mercado com a compra de Instagram e WhatsApp. Caso a acusação seja confirmada pela justiça, a Big Tech poderia ser forçada a vender os respectivos aplicativos. O processo foi aberto ainda em 2020, mas agora chegou à fase de julgamento, análise de acusação e defesa e audiência de testemunhas. Ainda não há uma previsão de quando uma sentença poderá ser emitida. Leia também: Meta vai ser obrigada a vender o WhatsApp e Instagram? Entenda o caso O Google vai ter que vender o Chrome? Entenda o julgamento por monopólio Qual é a história por trás do ícone do Instagram? VÍDEO: o algoritmo das suas redes sociais está ruim nas recomendações?   Leia a matéria no Canaltech.

Abr 23, 2025 - 14:58
 0
Instagram foi visto como uma ameaça ao Facebook, afirma cofundador da rede

O cofundador do Instagram Kevin Systrom disse à justiça dos EUA que a rede social era vista como uma ameaça ao crescimento do Facebookmesmo após a aquisição pela empresa de Mark Zuckerberg. Além disso, alegou que a atual Meta dificultou o repasse de recursos para limitar o crescimento da rede de fotos e vídeos.

Systrom foi uma das testemunhas convocadas para o julgamento da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) que avalia uma acusação de monopólio ilegal da Meta e deu seu testemunho nesta terça-feira (22). A investigação avalia práticas antitruste da empersa no mercado após as compras do Instagram e do WhatsApp.

Systrom acusou falta de investimentos 

Durante um depoimento de cerca de seis horas de duração, Systrom defendeu uma ideia de que o crescimento do Instagram aconteceria mesmo sem o suporte do Facebook no período, segundo o site The Verge. O cofundador da rede alegou que muitos recursos foram limitados para a rede para evitar impacto na base de usuários do Facebook.

-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-

O empresário trouxe dados internos de 2018 com detalhes sobre integrações feitas entre as redes sociais, incluindo a opção de postar entre apps. O Instagram notou aumento na audiência, enquanto o Facebook continuou estável — alguns dos recursos teriam sido encerrados por Zuckerberg pouco tempo após a saída de Systrom e do brasileiro Mike Krieger, ambos cofundadores da rede. 

“Nós éramos uma ameaça ao crescimento deles”, comentou Kevin Systrom. “Se o Instagram não crescesse rapidamente, o Facebook não encolheria rapidamente”.

Ele afirmou que o Instagram conseguiu alcançar um bilhão de usuários (metade da base do Facebook) com um número reduzido de funcionários na equipe

Tela com aplicativos de Facebook e Instagram
Facebook teria limitado o crescimento do Instagram, de acordo com cofundador da rede social (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)

Além disso, Zuckerberg teria concentrado mais esforços para vídeos no Facebook após declarar que o formato seria a grande mudança das redes, enquanto o Instagram não teria recebido apoio adicional nesse sentido.

O Facebook Inc (atual Meta) comprou o Instagram por US$ 1 bilhão de dólares em 2012. Kevin Systrom e Mike Krieger, cofundadores da rede, continuaram no alto escalão da empresa até anunciarem suas respectivas saídas em 2018.

O que pode acontecer com a Meta?

A Meta passa por uma investigação judicial pela FTC para avaliar uma possível prática de monopólio ilegal no mercado com a compra de Instagram e WhatsApp. Caso a acusação seja confirmada pela justiça, a Big Tech poderia ser forçada a vender os respectivos aplicativos.

O processo foi aberto ainda em 2020, mas agora chegou à fase de julgamento, análise de acusação e defesa e audiência de testemunhas. Ainda não há uma previsão de quando uma sentença poderá ser emitida.

Leia também:

VÍDEO: o algoritmo das suas redes sociais está ruim nas recomendações?

 

Leia a matéria no Canaltech.