Empresas estrangeiras procuram ‘abrigo’ nos Estados Unidos para reduzirem impacto das tarifas

A indústria automóvel e a do café são alguns dos setores que estão a ponderar reforçar ou realocar produção para os Estados Unidos como forma de reduzir o impacto das tarifas anunciadas pela administração norte-americana.

Abr 22, 2025 - 10:50
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Empresas estrangeiras procuram ‘abrigo’ nos Estados Unidos para reduzirem impacto das tarifas

Já são várias as empresas estrangeiras que estão a procurar ‘abrigo’ nos Estados Unidos como forma de reduzirem os impactos das tarifas anunciadas pela administração norte-americana. Esta terça-feira a agência noticiosa Reuters revelou uma lista das organizações que pretendem expandir as suas operações ou até realocar as suas operações para terras norte-americanas.

Na lista da Reuters encontra-se a produtora de chocolate, Barry Callebaut que tem planos para aumentar a sua produção no território norte-americano.

A indústria automóvel tem sido outro setor que pretende aumentar a sua presença no território norte-americano. Aqui entram marcas como a BMW que tem intenção de aumentar a produção, na fábrica da Carolina do Sul para as 80 mil unidades.
A Honda tem também intenção de mudar a produção do México e do Canadá para os Estados Unidos. A Hyundai tem também a ideia de reforçar a sua presença no território norte-americano, sinaliza da Reuters.
A Nissan é outra construtora automóvel que está a planear produzir mais nos Estados Unidos. A Stellantis quer avançar com a produção de uma pickup no Illinois. Já o grupo Volkswagen, com a marca Audi quer expandir a produção nos Estados Unidos e a Volvo pode mover alguma da sua produção para o território norte-americano devido às tarifas.
Entre as empresas incluídas na lista da Reuters está ainda a produtora de bebidas, a Campari que está a estudar oportunidades de expandir a sua produção em terras norte-americanas. A Compal Electronics, que produz portáteis, está a ponderar a expansão para os Estados Unidos.
A produtora de produtos de higiene, Essity, pode mover a produção que possui no México e no Canadá para os Estados Unidos.
Nos produtores de café a Illycaffe está a planear construir uma fábrica nos Estados Unidos enquanto que a Lavazza deve avançar com os seus planos de expansão no território norte-americano. A Lavazza produzia localmente 50% do que vendia nos Estados Unidos mas agora deve avançar para os 100%.
A Inventec, que produz servidores de inteligência artificial, está a ponderar investir nos Estados Unidos. A LG Electronics está a ponderar mover a produção de refrigeradores do México para a fábrica que possui em Tennessee.
Já a Luxshare, fornecedora da Apple, pode ter mais produção fora do território chinês, sendo que os Estados Unidos pode ser uma das alternativas.
A LVMH está a pensar aumentar a capacidade de produção que já tem nos Estados Unidos.
Nas farmacêuticas a Novartis deve investir 23 mil milhões de dólares para construir e expandir nas 10 fábricas que possui nos Estados Unidos. Já a Roche deve investir 50 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, nos próximos cinco anos, criando mais de 12 mil empregos, salienta a Reuters.
A Samsung Electronics está a ponderar mover a produção de máquinas de secar do México para as instalações que possui na Carolina do Sul. Já a TSMC, que opera na área dos chips, deve expandir o investimento em terras norte-americano com a construção de cinco fábricas de chips.