Eduardo Marques volta ao País para assumir como CCO da VML

A VML Brasil acaba de contratar Eduardo Marques como chief creative officer (CCO). Após 13 anos à frente da criação de agências globais nos Estados Unidos e na Europa, o profissional, que mais recentemente respondeu como CCO do Publicis Groupe Holanda e Bélgica, retorna ao País para assumir a posição.

Eduardo Marques chega à VML Brasil como CCO (Crédito: Divulgação)

O criativo revela que vinha “namorando” a VML há uns dois, três anos. “O convite para o retorno à casa feito pela VML se torna muito mais curioso, chamativo, agradável e confortável”, comenta Marques, que assume o posto de CCO a partir de 7 de maio. “O momento para mim é muito interessante. Alcancei maturidade profissional bacana, que chega num nível que a VML está necessitando agora”, afirma.

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Com a chegada de Marques, VML preenche a cadeira de CCO, que estava vaga desde o final de junho do ano passado, quando a agência perdeu a conta da Vivo. Na época, o anunciante dividiu sua verba entre Suno, Africa Creative e Galeria, que contratou os dois principais executivos à frente da conta na VML: o CCO Sleyman Khodor e o chief client officer Leo Balbi.

Marques será responsável por liderar o norte criativo da agência nesse momento de reestruturação, fruto da fusão entre VMLY&R e Wunderman Thompson. Ele completa o board da operação comandado pela CEO Karina Ribeiro e formado por Camila Arruda, chief people officer; Gabriela Amato, chief media officer; Jaqueline Travaglin, chief operating officer; Marcio Toscani, chief financial officer; Renato Fischer, chief business officer; e Stella Pirani, chief strategy officer. “Quero fazer parte dessa transformação de um grupo que está neste período agora de solidez”.

Ao longo de seus mais de 25 anos de carreira, Marques conquistou mais de 400 prêmios internacionais, incluindo 52 Leões no Cannes Lions, dois quais 4 Grand Prix; além de um Black Pencil e 20 Lápis no D&AD; 42 Clios, sendo 6 Grand Clios; e 48 One Show Pencils.

Um dos criativos responsável por campanhas, como “Moldy Whopper” para Burger King, “Real Life Series” para IKEA, e “Boost Your Voice” e “Unfairy Tales” para Unicef, Marques foi reconhecido com um dos profissionais mais talentosos da indústria por diversas publicações prestigiadas, como Ad Age, Business Insider e The Drum.

Diferenças culturais

Depois de ter passado pela liderança criativa de agências na Europa e nos Estados Unidos, Marques destaca algumas particularidades dessas regiões. Na visão do criativo, os Estados Unidos têm muita verba, produções imensamente maiores, mas os processos são mais demorados.

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Por outro lado, segundo ele, a Europa tem menos verba, porém processos mais organizados. “O mercado latino tem aquela coisa da paixão, do jeitinho de fazer, correr atrás. Na Europa não tem tanto dinheiro, nem tanta verba, mas é bem eficiente”.

Marques também revela como enxerga o momento atual da criatividade, que conta com a influência de dados, tecnologia e inteligência artificial.

“A criatividade pela criatividade, de ter uma ideiazinha para ganhar um prêmio, acabou. A criatividade vai, sim, ser brilhante e realmente ser valorizada novamente — como nós criativos valorizamos — quando ela provar que gera negócio, quando deixar o cliente feliz porque está vendendo mais. A criatividade só prova que realmente funciona quando entrega”, pondera.

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