Dólar volta a recuar em meio a desdobramentos da guerra comercial
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O dólar à vista opera em baixa frente ao real nesta sexta-feira (11), após abrir em queda, avançar para o território positivo ao longo da sessão e voltar a recuar, em meio a ajustes de posições dos investidores e ao maior apetite por risco nos mercados globais, apesar da nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
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A China retaliou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, elevando de 84% para 125% as taxas sobre produtos norte-americanos, segundo comunicado divulgado nesta sexta pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado. Na véspera, o governo Trump confirmou à CNBC que as tarifas dos EUA sobre importações chinesas agora somam, efetivamente, 145%.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 10h53, o dólar à vista operava em baixa de 0,39%, aos R$ 5,876 na compra e R$ 5,877 na venda. Na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil – caía 0,03%, aos 5 .897pontos.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,876
- Venda: R$ 5,877
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,925
- Venda: R$ 6,105
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
O que aconteceu com dólar hoje?
Os ganhos do real ocorriam na esteira dos avanços de seus pares frente à divisa dos EUA, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, que se beneficiavam das altas dos preços de commodities no exterior, como o minério de ferro.
Investidores também pareciam motivados a buscar ativos mais arriscados diante dos ganhos em mercados acionários, com avanços na Ásia e em futuros de Wall Street, repercutindo balanços fortes por parte de grandes bancos norte-americanos nesta sexta.
Após as fortes perdas entre emergentes na véspera, os agentes financeiros ainda aproveitavam para realizar lucros e ajustar suas posições ao fim de uma semana de extrema volatilidade em meio à incerteza comercial no exterior.
No Brasil, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,89% na véspera, a R$5,8990.
“Estamos então seguindo em linha com o exterior. Futuros em Wall Street se recuperando, que foi o que derrubou a gente ontem. Então, natural esse ajuste”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
O movimento da sessão ocorria apesar de nova escalada na guerra comercial entre EUA e China, que vinha deixando os investidores mais receosos ao risco em países emergentes ao longo da semana.
Mais cedo, a China aumentou suas tarifas sobre as importações de produtos dos EUA para 125%, revidando a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de aumentar as tarifas para a segunda maior economia do mundo a 145%.
O anúncio de Trump veio em resposta à imposição por Pequim de tarifa de 84% sobre as mercadorias dos EUA, quando a China retaliou uma imposição de tarifa anterior feita pelos EUA.
Na semana passada, Trump disse que colocaria taxa de 54% sobre o país asiático, levando a China a anunciar uma tarifa de 34% sobre os produtos norte-americanos. Em seguida, os EUA impuseram taxa de 104% sobre os produtos chineses, provocando a tarifa retaliatória de 84%.
Segundo Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank, as tensões comerciais também podem estar contribuindo para o enfraquecimento do dólar e de outros ativos dos EUA, como os Treasuries, uma vez que cresce a percepção de que a maior economia do mundo será prejudicada pela disputa.
Na seara nacional, o IPCA subiu 0,56% em março, em linha com esperado e pressionado por alimentos, enquanto o IBC-Br avançou 0,4% em fevereiro sobre o mês anterior, acima dos 0,15% previstos por uma pesquisa Reuters.
(Com Reuters)
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