Como o público responde a anúncios em vídeo?
Em 2024, o formato vídeo alcançou 99,5% da população brasileira em 2024. Desses, 64% o consome de forma diária, 87% semanalmente e 94% mensalmente. Esses são alguns dados da edição de 2024 Inside Video, estudo anual da Kantar Ibope Media, que busca levantar dados sobre o consumo de vídeo em diferentes aparelhos usando pesquisas e produtos internos. A diretora de novos negócios da empresa, Paula Carvalho, apresentou os dados em primeira mão ao Mídia Master,... O post Como o público responde a anúncios em vídeo? apareceu primeiro em Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação.

Em 2024, o formato vídeo alcançou 99,5% da população brasileira em 2024. Desses, 64% o consome de forma diária, 87% semanalmente e 94% mensalmente. Esses são alguns dados da edição de 2024 Inside Video, estudo anual da Kantar Ibope Media, que busca levantar dados sobre o consumo de vídeo em diferentes aparelhos usando pesquisas e produtos internos.

Diretora de negócios da Kantar Ibope Media, Paula Carvalho, apresenta Inside Video 2024 na Mídia Master (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)
A diretora de novos negócios da empresa, Paula Carvalho, apresentou os dados em primeira mão ao Mídia Master, evento de Meio & Mensagem que aponta tendências em relação à mídia e o trabalho de profissionais de mídia em agências e anunciantes.
Em que aparelhos o público consome vídeo?
O consumo de vídeo é maior em televisores, que concentram 86% do share de consumo. Na sequência estão smartphones (12%), desktops (1,8%) e tablets (0,3%). Os jovens entre entre 12 a 24 anos preferem o smartphones para esse intuito, enquanto o público acima dos 35 prefere a televisão.
Há sobreposições no consumo. Cerca de 17,15% do público está conectada ao conteúdo pelos dois formatos. Apenas 0,62% do público consome vídeos na TV, smartphone e desktop. “O vídeo é multidirecional e dinâmico. Está claro que modelo híbrido veio para ficar”, declarou.
A TV é uma companhia para 30% do público. Por outro lado, 24% deles consomem vídeo em conjunto com outras pessoas. Isso acontece mais ao assistir TV (29%) do que em plataformas de vídeo (14%). Conforme a Kantar, esse hábito é mais comum entre consumidores da classe D e E e jovens. “Há um target secundário nas mensagens. Assistimos juntos finais de novela, transmissões de jogos”, dividiu Paula.
O público também considera a televisão como fonte de relaxamento (68%), informação (45%), entretenimento (33%) e educação para crianças (27%).
Quanto tempo o consumidor dedica aos vídeos?
Mesmo em tempo de consumo de vídeo diário, TV e TV conectada (CTV) superam os demais aparelhos. Os brasileiros assistem 5 horas e 28 minutos de vídeo em TV por dia. Em 2024, 60% do público conta com uma CTV em casa. Em 2016, o índice era de 23% e, em 2020, era 49%.
A média total é de 5 horas e 9 minutos, mas em smartphones e tablets, o tempo de consumo não ultrapassa duas horas. A concentração de telespectadores é maior entre 16h e meia noite.
Como o público responde a anúncios em vídeo?
Segundo dados da Kantar, em 2024, 56 mil marcas investiram em publicidade em vídeo. O público é receptivo aos anúncios em vídeo em todos os meios, mas os dados indicam maior preferência da publicidade em plataformas de vídeo sob demanda (VOD).
Dos consumidores de VOD, 53% são favoráveis a anúncios nas plataformas. Do público, 75% notam produtos e marcas que aparecem nos programas, 63% procuram os produtos online. Na média, os respondentes assinam 2,5 serviços de streaming. Um terço (34%) dos entrevistados mudaria sua assinatura por um serviço mais acessível, mesmo que houvesse anúncios.
Segundo Paula, jovens aceitam mais serem interrompidos em anúncios, pois já nasceram inseridos em um cenário de fragmentação. Já o públio mais velho tem um ritual para assistir aos vídeos sem pausas.
“Para jovens de 15 a 24 anos, a coisa mais importante é a variedade de catálogos. Quando falamos de acima de 35 anos, ele quer comodidade e quer que todos os aplicativos conversem. Quer continuar a assistir o que parou sem ser bombardeado pela mesma publicidade”, detalhou a executiva da Kantar Ibope Media.
Quando o recorte é anúncios no meio televisivo, 53% prestam atenção nos anúncios, 52% acreditam que a publicidade em televisão é interessante e gera assuntos, 64% notam produtos e marcas exibidos em programas e filmes e 53% procuram o produto anunciado online.
Do público avaliado, 44% prestam mais atenção em vídeos publicados na internet do que em outros formatos. Cerca de 61% ficam mais atentos a anúncios exibidos em sites que confiam e 56% preferem que o anúncio esteja em sintonia com o conteúdo do site; 39% garantem assistir aos vídeos inteiros.
Como a inteligência artificial vai impactar a produção e consumo de vídeo?
Conforme o estudo da Kantar, quatro em cada dez consumidores acreditam que a inteligência artificial (IA) é uma fonte de informação confiável. Segundo a executiva, a IA vai beneficiar o vídeo na aceleração da produção, em segmentações mais precisas e distribuições mais eficientes.
“As novas plataformas que estão surgindo colocam o vídeo no centro. Tudo que vivemos com a IA justifica que o formato de vídeo não chegou ao seu auge. Além de toda a flexibilidade e fluidez que ele permite, é um formato poderoso em transmitir sensações e sentimentos. Cria conexão poderosa entre marcas e consumidores”, colocou.
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