Como funciona o delivery de suprimentos da NASA no espaço
A NASA contrata empresas privadas para o transporte de suprimentos à estação espacial. Saiba como funciona. The post Como funciona o delivery de suprimentos da NASA no espaço appeared first on Giz Brasil.

Na última terça-feira (22), a NASA completou mais uma entrega de suprimentos no espaço com a missão CRS-32, em parceria com a SpaceX, levando uma carga de mais de três mil toneladas à ISS (Estação Espacial Internacional).
A sigla CRS significa “Comercial Ressuply Services”, ou “Serviço Comercial de Abastecimento”. Eles são contratos da NASA com empresas privadas para enviar suprimentos e equipamentos à ISS.
Originalmente, a NASA realizava o serviço de “delivery” usando os ônibus espaciais — que ajudaram a construir a estação espacial. No entanto, após o desastre do Columbia, bem como os altos custos, a NASA decidiu encerrar o programa, em 2011.
Três anos antes, a NASA estabeleceu o CRS e concedeu os primeiros contratos de transporte de cargas ao espaço a duas empresas: SpaceX e Orbital Sciences — atual Northrop Grumman.
Mais recentemente, a SpaceX desenvolveu a nave Dragon e o foguete Falcon 9, enquanto a Orbital Sciences construiu a espaçonave Cygnus.
Após o primeiro voo, realizado pela SpaceX em 2012, todos os lançamentos de suprimentos ao espaço foram parcerias da NASA com ambas as empresas. Aliás, a NASA estendeu o programa de abastecimento comercial em 2016, escolhendo as mesmas empresas.
Em 2023, a agência decidiu ampliar o prazo e incluir a Sierra Nevada. A intenção é continuar com o programa comercial até o fim da ISS, que será tirada de órbita por outra nave da SpaceX no no início da próxima década. Aliás, a SpaceX recebeu US$ 843 milhões da NASA para criar o projeto.
Por falar em financiamento, a nave que a SpaceX utiliza atualmente, a Dragon 2, é uma versão para cargas da cápsula de mesmo nome para voos tripulados, que a SpaceX recebeu mais de US$ 3 bilhões.

Imagem: NASA/Divulgação
Delivery de suprimentos da NASA ao espaço: diferenças entre Dragon e Cygnus
A Dragon 2, que realizou a 32ª missão de transporte de suprimentos ao espaço sob o contrato com a NASA, é a única reutilizável do programa. Ou seja, a nave da SpaceX transporta cargas ao espaço e também de volta à Terra. Veja o lançamento e atracagem da missão mais recente:
De acordo com a NASA, a Dragon envia suprimentos para manutenção da estação espacial, comida para os astronautas, bem como materiais para investigações científicas.
A Dragon 2 se atraca de maneira autônoma ao laboratório, com astronautas monitorando a manobra. Portanto, a nave da SpaceX não depende do auxílio do braço robótico Canadarm2, desenvolvido pela Agência Espacial do Canadá.
O braço robótico da ISS ajuda a atracar as naves, como a Cygnus, da Northrop Grumman, que usa um foguete Falcon 9 em seus lançamentos.
Já nas missões da Cygnus, astronautas e centros de controle da NASA monitoram o envio de suprimentos ao espaço, operando a porta CBM (Common Berthing Mechanism), o mecanismo de atracagem da ISS.

O Canadarm2 auxiliando a atracagem da Cygnus. Imagem: NASA/Divulgação
Embora não seja reutilizável, a Cygnus consegue transportar mais suprimentos ao espaço em relação à Dragon, mas a NASA já prepara a próxima geração de naves de carga: a Dream Chaser.
Desenvolvida pela Sierra Nevada, a Dream Chaser é uma nave espacial que consegue voar, planar e pousar como um avião. A primeira missão de testes da Dream Chaser, conforme a NASA, deve ocorrer em junho deste ano.
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