Boulos chama Eduardo Bolsonaro de “vagabundo” e “bananinha” em ato

Disse que deputado licenciado está nos EUA “conspirando contra o Brasil”; esquerda organiza manifestação em SP contra a anistia

Mar 30, 2025 - 20:32
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Boulos chama Eduardo Bolsonaro de “vagabundo” e “bananinha” em ato

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) disse neste domingo (30.mar.2026) que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é um “vagabundo” que está nos Estados Unidos “conspirando contra o Brasil”. A fala se deu durante o ato contra a anistia na avenida Paulista (SP).

Boulos é o organizador da manifestação contra o perdão aos presos pelo 8 de Janeiro, em resposta à manifestação em prol da pauta realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, em 16 de março.

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“Na hora de responder pelos seus crimes, eles se acovardam, choram, fogem como aquele vagabundo do Eduardo Bolsonaro que tá lá nos Estados Unidos conspirando contra o Brasil. Faz jus ao apelido de bananinha que tem. É um banana”, disse o psolista.

Eduardo, o 3º filho do ex-chefe do Executivo, se licenciou do cargo de deputado federal após dizer temer a apreensão do seu passaporte pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A bancada do PT na Câmara acionou a PGR (Procuradoria Geral da República) contra o deputado por atuar “contra os interesses nacionais” e “constranger o STF”.

Eduardo tem sido o principal articulador da direita brasileira com aliados do presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano). O agora congressista-licenciado acusa o governo e a Justiça do Brasil de “excessos” contra aliados de Bolsonaro e de violação aos direitos humanos nas condenações pelos ataques do 8 de Janeiro.

Eduardo era cotado para presidir a Credn (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) da Câmara– alvo de disputa no colégio de líderes. O PT dizia que o deputado poderia instrumentalizar a comissão em prol de Jair Bolsonaro e minar a diplomacia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a licença, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR) assumiu a presidência da Credn. Disse que segue “a mesma linha” que Eduardo.

No mesmo dia em que Eduardo anunciou a ausência, a PGR e o STF arquivaram o pedido do PT. O deputado federal apresentou um pedido de licença por 120 dias, período em que deve permanecer nos EUA.