Atriz Lucia Alves morre após luta contra câncer de pâncreas

A estrela de novelas clássicas como "Irmãos Coragem", "Plumas e Paetês" e "O Cravo e a Rosa" estava internada há dez dias em estado grave no Rio de Janeiro

Abr 25, 2025 - 01:30
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Atriz Lucia Alves morre após luta contra câncer de pâncreas

Atriz estava internada há dez dias

Lucia Alves morreu nesta quinta-feira (24/4), aos 76 anos, após dez dias de internação em estado grave na Casa de Saúde São José, no bairro do Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria da atriz. Ela enfrentava um câncer de pâncreas desde 2022 e precisou adiar o retorno à quimioterapia, previsto para o dia 15 de abril, devido ao agravamento do quadro clínico.

Lucia foi hospitalizada após sentir falta de ar em casa. Nos meses anteriores, já havia sido internada por complicações de saúde como infecção urinária e pneumonia.

Declaração recente revelou aceitação da doença

Em entrevista ao jornal O Globo no mês passado, a atriz comentou como enfrentava a doença: “A melhor coisa é aceitação. Quando você compreende isso e aceita as coisas, tudo se modifica e fica melhor. Eu aceito a vida com as limitações que ela traz hoje em dia. Mas ainda tomo minha cervejinha.”

Carreira na televisão e no cinema

Lucia Alves estreou na televisão em 1969, na novela “Enquanto Houver Estrelas”, exibida pela TV Tupi. No mesmo ano, passou a integrar o elenco da Globo em “Verão Vermelho”, interpretando a personagem Geralda.

Ela ganhou destaque nacional ao viver a índia Potira na primeira versão de “Irmãos Coragem” (1970), de Janete Clair. A personagem, par romântico de Jerônimo (Cláudio Cavalcanti), tornou-se um dos papéis mais lembrados da atriz.

Protagonismo e versatilidade

Em 1975, Lucia protagonizou “Helena”, adaptação de Gilberto Braga para o romance homônimo de Machado de Assis. A novela foi a quarta “novela das seis” e marcou uma mudança no horário, que na época passou a ser dedicado a adaptações literárias.

Ao longo das décadas de 1970 e 1980, atuou em diversas produções, incluindo “Carinhoso” (1973), “O Feijão e o Sonho” (1976), “Plumas e Paetês” (1980), “Jogo da Vida” (1981) e “Ti Ti Ti” (1985).

Trabalhos posteriores e cinema

Nos anos 1990 e 2000, Lucia participou de novelas como “Barriga de Aluguel” (1990), “Tropicaliente” (1994) e “O Cravo e a Rosa” (2000), onde interpretou Hildegard.

No cinema, destacou-se em “Lua Cheia” (1989) e “Bendito Fruto” (2004). Por sua atuação neste último, recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Brasília.

Últimos anos e legado

Em 2010, integrou o elenco do remake de “Uma Rosa com Amor”, no SBT. Seu último trabalho na televisão foi uma participação especial em “Joia Rara” (2013).

Lucia Alves deixa um legado de personagens marcantes na teledramaturgia brasileira, sendo lembrada por sua versatilidade e presença em produções que atravessaram gerações.