Apps de paquera cheios de golpistas

Os aplicativos de paquera brasileiros estão cheios de golpistas.  Pelo menos, é o que mostra uma pesquisa da Norton, na qual 21% dos 1 mil entrevistados disseram ter sido alvos de golpes virtuais ao usar aplicativos do gênero, ou um em cada cinco. Desse grupo, que j&aacute...

Fev 20, 2025 - 16:06
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Apps de paquera cheios de golpistas

Os aplicativos de paquera brasileiros estão cheios de golpistas. 

Pelo menos, é o que mostra uma pesquisa da Norton, na qual 21% dos 1 mil entrevistados disseram ter sido alvos de golpes virtuais ao usar aplicativos do gênero, ou um em cada cinco.

Desse grupo, que já foi alvo, 85% disseram ter caído em algum deles. Fazendo as devidas regras de três, isso quer dizer que de todos os usuários, 17,5% já caíram em algum golpe.  

São dados importantes, porque aplicativos de paquera são muito populares. De acordo com os dados da Norton, quase quatro em cada dez (37%) dos brasileiros estão usando um aplicativo de namoro atualmente e muitos gastam em média quase 9 horas (8,69) por semana nesses apps. 

Quase sete em cada dez (67%) dos entrevistados usuários de apps disseram ter encontrado perfis ou mensagens suspeitas ao menos uma vez por semana. 

O tipo de golpe mais popular é o que a Norton chama de “golpe romântico” no qual um golpista usa uma identidade falsa para estabelecer uma relação e depois inventar algum motivo para pedir dinheiro. 

Dos pesquisados que afirmaram ter sido alvo de golpes, 41% mencionaram essa prática. Evidências anedóticas mostram que a vítima costuma ser a tia de alguém, que acreditava ter uma relação com o Brad Pitt.

Logo atrás, com 29%, vem o chamado “Catfishing”, quando um golpista usa a foto e outros dados de identidade de alguém. 

O terceiro tipo de golpe, com 27%, fica na categoria “Sugar Daddy / Sugar Baby”. 

Nesse tipo de golpe romântico, o golpista se passa por um indivíduo rico que deseja enviar dinheiro a uma pessoa mais jovem, em troca de “companhia” online. 

Depois de ganhar a sua confiança, o cibercriminoso pede uma taxa inicial ou informações pessoais antes de enviar sua mesada. 

Esse golpe é facilitado pela existência de alguns aplicativos voltados para que os chamados “Sugar Daddys” encontrem as chamadas “Sugar Babies”. 

23% dos brasileiros foram vítimas de golpes de fotos. Os golpistas buscam convencer seu alvo a enviar informações pessoais, em troca de fotos íntimas.

Outros 16% dos brasileiros foram vítimas de sites falsos de namoro. São sites de namoro fraudulentos que afirmam ser legítimos, mas na verdade estão cheios de golpistas. Esses sites são criados para minerar informações.

15% dos brasileiros foram vítimas de “golpes de romance militar”, o que parece ser uma versão de nicho voltada para o público bolsonarista. 

Nessa prática, o golpista se passa por um militar, provavelmente destacado. Ele cria uma relação de confiança usando jargões e títulos militares e, em seguida, pede dinheiro para cobrir despesas, como voos de volta para casa, por exemplo.

Também com 15% vem a chamada “sextorsão”, uma prática que vem atraindo atençao da imprensa nos últimos anos. 

Nesse tipo de golpe, o criminoso acumula conteúdo como fotos e vídeos explícitos para depois extorquir a vítima ameaçando publicar os mesmos na Internet.