Alzheimer pode começar a moldar o cérebro a partir dos 20 anos, descobre estudo

A maioria das pessoas associa a doença de Alzheimer à terceira idade. No entanto, uma nova pesquisa da Universidade de Columbia revela que os primeiros sinais de risco podem surgir já na casa dos 20 anos. O estudo, publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, mostra que fatores de risco para demência, geralmente […]

Abr 26, 2025 - 00:13
 0
Alzheimer pode começar a moldar o cérebro a partir dos 20 anos, descobre estudo

A maioria das pessoas associa a doença de Alzheimer à terceira idade. No entanto, uma nova pesquisa da Universidade de Columbia revela que os primeiros sinais de risco podem surgir já na casa dos 20 anos. O estudo, publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, mostra que fatores de risco para demência, geralmente observados em idosos, também afetam a função cerebral em adultos jovens.

Essa descoberta redefine a compreensão sobre quando o Alzheimer começa a se desenvolver. Em vez de esperar pelos primeiros sintomas aos 60 ou 70 anos, os pesquisadores agora sugerem que os processos biológicos da doença podem estar ativos desde a juventude.

Alzheimer: um processo que pode começar décadas antes dos sintomas

O estudo acompanhou milhares de pessoas desde os anos 1990, observando suas condições de saúde entre os 24 e 44 anos.

A pontuação CAIDE — ferramenta que avalia o risco de demência com base em idade, pressão arterial, colesterol, nível de atividade física e outros fatores — foi aplicada aos participantes. Surpreendentemente, aqueles com pontuações mais altas já apresentavam desempenho cognitivo inferior, mesmo aos 25 anos.

Os fatores de risco para a doença de Alzheimer estão ligados à função cognitiva já entre os 24 e os 34 anos, décadas antes dos sintomas normalmente aparecerem

Essas diferenças podem ser sutis no dia a dia, mas são estatisticamente significativas. Jovens com maior risco cardiovascular apresentaram pior memória de curto prazo e menor capacidade de processar informações. Ou seja, o cérebro já começa a dar sinais de alerta décadas antes da possível manifestação da demência.