Alerta urgente emitido para quem bebe água engarrafada

Um alerta recente de especialistas em saúde está gerando preocupação: as garrafas plásticas de água podem esconder um risco silencioso para nossos órgãos. Pesquisas revelaram a presença de hidrocarbonetos perigosos e microplásticos nesses produtos, elementos que, em altas quantidades, podem causar danos graves ao corpo humano. E o pior: o consumo de água engarrafada só aumenta. Dados do setor mostram que, só na América do Norte, foram consumidos 61,3 bilhões de litros de água em garrafas plásticas em 2024 — um crescimento de 2% em relação ao ano anterior.

Mas por que algo aparentemente saudável, como beber água mineral, pode ser tão prejudicial? A resposta está nos microplásticos, partículas minúsculas de plástico que se desprendem das próprias embalagens. Um estudo das universidades Columbia e Rutgers analisou amostras de três marcas populares de água engarrafada e descobriu que cada litro continha, em média, 240 mil fragmentos de nanoplásticos e microplásticos. Entre os tipos identificados estão poliamida (um tipo de náilon), politereftalato de etileno (PET, comum em garrafas) e até poliestireno, usado em embalagens descartáveis.

Microplásticos encontrados em água engarrafada podem causar estragos em nossos rins e na saúde em geral

Os pesquisadores explicam que, ao abrir uma garrafa ou até mesmo agitá-la, o atrito entre o plástico e o líquido libera essas partículas. O problema é que, uma vez ingeridos, os microplásticos viajam pelo corpo. Estudos indicam que eles podem se acumular no fígado, nos rins, no cérebro e até atravessar a placenta durante a gravidez, atingindo o feto.

Os Rins Sob Ataque

Um novo estudo, publicado na revista Communications Biology, trouxe uma descoberta ainda mais alarmante: os rins são os órgãos mais afetados pela ingestão de microplásticos. A pesquisa identificou que essas partículas carregam consigo o Benzo(a)pireno (BaP), um hidrocarboneto classificado como cancerígeno pela Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA). Além de aumentar o risco de tumores, o BaP está ligado a danos genéticos, redução da fertilidade e reações alérgicas na pele.

Segundo o artigo, o contato constante com o BaP presente nas garrafas plásticas desgasta as paredes intestinais, provoca inflamações sistêmicas e sobrecarrega os rins, órgãos responsáveis por filtrar toxinas. Em outras palavras, cada gole de água engarrafada pode estar contribuindo para um processo lento de intoxicação.

Como os Microplásticos Chegam até Você

Além das garrafas, os microplásticos estão em produtos do dia a dia: cosméticos com esfoliantes, detergentes, roupas sintéticas e até no ar. No entanto, a água engarrafada é uma das principais fontes de ingestão. Um relatório da Genomic Press calculou que uma pessoa que consome apenas líquidos em embalagens plásticas ingere cerca de 90 mil partículas de microplásticos por ano. Se trocar a garrafa por um filtro de torneira de qualidade, esse número cai para 4 mil — uma redução de 95%.

Mudanças Simples Fazem a Diferença

A solução mais eficaz, segundo os especialistas, é abandonar as garrafas descartáveis. Filtros de água instalados diretamente na torneira, por exemplo, eliminam a maior parte das impurezas e reduzem drasticamente a presença de microplásticos. Para quem não abre mão da praticidade, existem opções de garrafas reutilizáveis em aço inoxidável ou vidro, materiais que não liberam resíduos.

Ao mudar para água da torneira filtrada, você pode reduzir o consumo de microplásticos em 90 por cento

Mas os cuidados não param na hidratação. Pequenas mudanças no cotidiano podem diminuir a exposição a essas partículas:

• Evite aquecer comida em potes plásticos: o calor acelera a liberação de microplásticos. Prefira recipientes de vidro ou cerâmica.
• Troque canudos plásticos por versões em aço: além de duráveis, não se fragmentam com o uso.
• Reduza o consumo de frutos do mar: organismos marinhos acumulam microplásticos, que são transferidos para quem os come.

Um Problema que Não Some Sozinho

Apesar dos esforços individuais, os microplásticos já estão profundamente integrados ao meio ambiente. Estima-se que uma garrafa plástica leve até 450 anos para se decompor completamente. Enquanto isso, ela continua liberando partículas que contaminam solo, rios e oceanos. Por isso, além de repensar hábitos, a pressão por regulamentações mais rígidas sobre a produção de plásticos é essencial.

Enquanto a indústria não se adapta, a melhor estratégia é a prevenção. Escolher alternativas sustentáveis não só protege a saúde como reduz a demanda por um material que já ultrapassou os limites do planeta. A próxima vez que você for abrir uma garrafinha, lembre-se: cada escolha importa.

Esse Alerta urgente emitido para quem bebe água engarrafada foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.